Nefrologista do HGE alerta sobre a hipertensão e a necessidade de transplante de rim
Especialista atenta que ainda há pessoas que desconhecem os cuidados necessários para a preservação dos rins

Durante a campanha Setembro Verde, destinada à conscientização sobre a importância da doação de órgãos, o cuidado com a preservação da saúde também é evidenciado. Isso porque, manter uma vida ativa e hábitos saudáveis são fundamentais para controlar o risco da hipertensão e o diabetes, que podem provocar doenças cardiovasculares como o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Entretanto, as doenças renais, como as Glomerulopatias e a Doença Renal Crônica, em seus vários estágios, também são um risco à saúde, e se não tratadas adequadamente, podem levar até à necessidade de diálise ou transplante, segundo alerta Luciana Sampaio, médica nefrologista do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió.
“Os rins estão localizados na parte posterior do abdome, um à direita e outro à esquerda. Sua principal função é filtrar o sangue, o que viabiliza o controle da quantidade de água e de sal no corpo, excretando toxinas, ajudando a controlar a hipertensão arterial e a produzir hormônios que impedem a anemia e a descalcificação óssea. Eles também atuam na eliminação de medicamentos e outras substâncias tóxicas para o organismo”, explica a médica nefrologista do HGE.
Luciana Sampaio ressalta que ainda há muitas pessoas que desconhecem o descontrole da pressão arterial e da glicose no corpo, o que pode resultar em doença renal crônica. Para piorar, essas patologias podem se iniciar e transcorrer de forma silenciosa, conforme são aumentadas as lesões nos órgãos, e ao surgirem os sintomas, podem indicar um estágio avançado da doença.
“Quando os sintomas começam a surgir, como edema em pernas e ao redor dos olhos, urina espumosa, falta de apetite, náuseas, vômitos, sonolência e confusão mental, já está em um estágio tão acentuado que dificulta o sucesso do tratamento com medicamentos, o tratamento conservador. Daí, precisamos entrar com a hemodiálise, ou diálise peritoneal, ou, se possível, até diretamente para o transplante renal. Logo, o mais importante, é a prevenção", pontua Luciana Sampaio.
Recomendações
A médica nefrologista do HGE recomenda que todas as pessoas devem atentar para cuidar da saúde como um todo, assim também estaremos cuidando dos nossos rins. Então, é necessária uma alimentação saudável, comer menos industrializados e priorizar alimentos naturais, fazer atividade física, manter o peso adequado.
"E se tiver alguma comorbidade, como a hipertensão e a diabetes, tratar corretamente, porque é bom frisar, a responsabilidade é tanto do médico quanto do paciente”, destaca Luciana Sampaio.
Além disso, segundo a nefrologista do HGE, é fundamental manter os check-ups em dia, para que o médico observe se há presença de proteína (albumina) na urina. Durante a consulta de rotina, o médico também irá analisar como estão os níveis de creatinina, ureia, glicose, sódio, potássio, cloreto, cálcio, fósforo, colesterol, bicarbonato e proteínas no sangue.

Referência
O HGE, referência no atendimento de Urgência e Emergência de Média e Alta Complexidade, também assiste cidadãos com doenças renais, entre elas o cálculo renal, a pielonefrite, o cisto e a insuficiência renal. Em 2023, o setor de Nefrologia registrou 1.224 sessões de hemodiálises; este ano, de janeiro a agosto, já foram realizadas 723 sessões de hemodiálises.
A hemodiálise é o processo no qual uma máquina limpa e filtra o sangue. O procedimento é realizado no HGE para os pacientes que nele estão internados, ou em unidades contratadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para prestar o serviço com incentivos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em Alagoas, de acordo com o último levantamento feito pela Central de Transplantes de Alagoas no mês de agosto, 18 pessoas estão na lista de espera por pelo menos um rim e outras dezenas estão em processo de inclusão. Para ajudar essas pessoas, a Organização de Procura de Órgãos (OPO) realiza diariamente busca ativa nos hospitais com o objetivo de acompanhar o protocolo que pode diagnosticar a morte encefálica. Se confirmada, mediante autorização da família, a captação será realizada e os órgãos transportados até o receptor indicado pelo Sistema Nacional de Transplantes.
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