‘É importante que Hamas contribua’, diz Lula sobre libertação de reféns e cessar-fogo
Presidente voltou a criticar Benjamin Netanyahu e a chamar a reação israelense na Faixa de Gaza de ‘genocídio’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira (25) a “colaboração” do grupo terrorista Hamas na libertação dos reféns e no cessar-fogo na Faixa de Gaza. Em entrevista coletiva à imprensa, em Nova York, nos Estados Unidos, o petista aproveitou também para criticar novamente o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e voltou a chamar a reação israelense na Faixa de Gaza de “genocídio”. O cenário no Oriente Médio se agravou nos últimos dias, com ataques de Israel a alvos no Líbano.
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“Estamos brigando para libertar os reféns do Hamas. Não tem sentido fazer reféns pessoas inocentes. É importante que o Hamas contribua para que haja mais eloquência e exigência sobre o governo de Israel e liberar os reféns, para que as coisas voltem ao normal”, pediu Lula. O brasileiro está nos EUA para a 79ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e volta ao Brasil ainda nesta quarta (25). “Acho que a humanidade não pode conviver e aceitar com normalidade o que está acontecendo em Israel, na Faixa de Gaza, no Líbano e na Cisjordânia ocupada”, acrescentou.
O presidente também afirmou “ter certeza” que a maioria dos israelenses “não concorda com o genocídio” contra os palestinos. “Sinceramente, acho que os países que dão sustentação ao discurso do Netanyahu precisam começar a fazer um esforço maior para que esse genocídio pare. Estamos numa situação, de um lado, cuidando do planeta para ver se a gente tem melhor qualidade de vida, para ver se reduz os gases do efeito estufa, se reduz queimada, se preserva floresta e cuida da água, e, de outro lado, o ser humano se matando. Não tem nenhuma explicação. Portanto, condeno, de forma veemente, esse comportamento do governo de Israel, que eu tenho certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio”, criticou.
Nessa terça (24), na abertura da assembleia da ONU, Lula demonstrou preocupação com a intensificação do conflito no Oriente Médio e advertiu do risco de uma guerra generalizada. O petista destacou a crise humanitária em Gaza e na Cisjordânia, que se expandiu para o Líbano, e enfatizou que a violência, que começou como atos terroristas do Hamas contra civis israelenses, transformou-se em uma “punição coletiva” ao povo palestino. “São mais de 40 mil vítimas, em sua maioria mulheres e crianças. O direito de defesa se tornou um direito de vingança, dificultando acordos para a libertação de reféns e adiando o cessar-fogo”, condenou.
Depois do discurso, a Conib (Confederação Israelita do Brasil) manifestou preocupação com a posição de Lula. A confederação destacou que o petista demonstrou simpatia pelas vítimas dos conflitos em Gaza e no Líbano, mas não fez menção às vítimas israelenses, o que, segundo a Conib, evidencia uma postura desequilibrada do governo brasileiro.
“Ao expressar simpatia pelas vítimas em Gaza e no Líbano, o presidente ignora as vítimas de Israel, esquecendo que os conflitos foram iniciados pelos grupos terroristas Hamas e Hezbollah, apoiados pelo Irã, e que Israel está em um legítimo direito de defesa”, criticou a Conib.
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