Lula quer ‘normalidade democrática’ na Venezuela para América do Sul ser ‘zona de paz’
Presidente argumentou também sobre “cometimento no nosso comportamento” para “evitar caminho sem volta”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou, nesta segunda-feira (30), seu desejo de que a Venezuela retome “à normalidade democrática” para que a América do Sul configure uma zona de paz. O brasileiro foi questionado sobre o motivo de não ter citado o país, comandado por Nicolás Maduro, em seu discurso na 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, nos Estados Unidos, e respondeu que fala do que lhe interessa.
“Por que eu tenho que falar da Venezuela em todo lugar? Eu não falo nem da Janja em todo lugar. Eu falo do que me interessa falar. O discurso que eu queria fazer era aquele. E foi muito bom o discurso”, disse Lula. Na sequência, relatou ter muito interesse em que a Venezuela volte “à normalidade democrática”, mas que precisa “criar as condições” para uma negociação.
“É preciso encontrar um jeito de a gente retomar uma conversa democrática... Eu tenho preocupação com a Venezuela há muito tempo, não é de agora. Porque quanto mais em paz estiver a Venezuela, mais em paz estará a América do Sul. E nós queremos consagrar a América do Sul como uma zona de paz, a gente não quer guerra, a gente não quer conflito”.
As declarações foram dadas por Lula após o fórum empresarial Brasil-México, na Cidade do México, onde cumpre compromissos públicos. “Agora é importante que a gente tenha cometimento no nosso comportamento, porque se eu acho que a pessoa errou, e eu achar que tenho de radicalizar para consertar o erro, vou pegar um caminho sem volta”, destacou o brasileiro.
Em seu discurso na ONU, Lula criticou a organização e pediu que os países que estão em guerra atualmente, como Rússia e Israel, façam acordos de paz. O brasileiro também alertou para uma expansão perigosa do conflito na Faixa de Gaza para o Líbano. Temas como meio ambiente, inteligência artificial, democracia, Cuba e Haiti foram alguns dos assuntos abordados pelo petista na ocasião.
Reunião com nova presidenta eleita do México
Lula foi questionado pelos jornalistas se vai tratar de Venezuela com a nova presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum - a primeira mulher eleita no país. “Eu vou conversar com a presidente Claudia todos os assuntos que for necessário quando ela for vir para o G20″, respondeu o brasileiro. A agenda entre os líderes está prevista para ocorrer às 19h30 (horário da Cidade do México).
Brasil e México, ao lado da Colômbia, cobraram publicamente que o Colégio Eleitoral venezuelano publicasse as atas eleitorais. Com a eleição mexicana, o atual presidente, Lopes Obrador, preferiu que o assunto fosse tocado por Claudia a partir de sua posse, marcada para terça-feira (1º). Durante visita ao Chile, em 5 de agosto último, o brasileiro disse que a prioridade do Brasil é manter a estabilidade política na América Latina, embora reconhecesse pagar um certo preço político por isso.
Além disso, Lula também preferia tratar o assunto com cautela e discrição. Ao contrário do brasileiro, os demais líderes sul-americanos, como Luis Lacalle Paul, do Uruguai e Javier Milei, da Argentina, não pouparam críticas pesadas e públicas a Maduro após a eleição conturbada na Venezuela.
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