'iFraud': esquema de influenciador é investigado; PF cumpre mandado em Maceió
A operação visa combater a importação e o comércio fraudulento de smartphones
Uma ação conjunta da Polícia Federal e da Receita Federal foi deflagrada, na manhã desta terça-feira (1º), para combater a importação e o comércio fraudulento de smartphones. O prejuízo aos cofres públicos foi estimado em R$ 50 milhões.
A operação, intitulada de "iFraud", focou a investigação no esquema de um influenciador digital, que possui quase 1 milhão de seguidores em suas redes sociais, e se considera especialista na importação de aparelhos eletrônicos com suposta economia de tributos. De acordo com a Polícia Federal, a ação é criminosa, incluindo descaminho e falsidade ideológica.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió, São Paulo, Sorocaba, Arujá, Itu, Guarulhos e Barueri. Os mandados acontecem para identificar outros supostos participantes do esquema fraudulento.
Como funcionava o esquema?
A Receita Federal divulgou o esquema cometido pelo influenciador digital. “[Ele] direcionava seus alunos e clientes para realização de transações com supostos ‘sites parceiros’ e de ‘compra assistida’ situados no exterior”, disse. O método, via on-line, pregava o não pagamento, seja ele total ou parcial, dos tributos devidos na importação.
Além de ensinar as pessoas a cometer fraude na importação, o influenciador também fornecia aparelhos importados fraudados diretamente a clientes interessados.
Para os clientes, o grupo criminoso oferecia duas opções:
> a compra do produto nos Estados Unidos, onde o grupo providenciava a remessa ao Brasil, com nota fiscal, mas sem pagamento da taxa alfandegária;
> retirada do produto no Paraguai.
Ainda segundo a Receita, ele mantinha uma rede de cúmplices, que era responsável pela importação ilícita e a distribuição dos smartphones.
Prejuízo milionário e vida de luxo
O prejuízo aos cofres públicos foi estimado em R$ 50 milhões. Com os lucros da atividade ilícita, o influenciador ostentava uma vida de luxo, com carros e mansões. Enquanto isso, os alunos e clientes do esquema tiveram as encomendas apreendidas pela Receita Federal, já que os produtos não tinham documentos de origem lícita.
De acordo com a Polícia Federal, a empresa identificada como distribuidora dos produtos importados irregularmente teve uma movimentação financeira a crédito, no ano de 2023, de R$ 45 milhões e adquiriu R$ 1,8 milhão do criptoativo Tether(USDT).
Somente nos primeiros meses de 2024, a empresa já tinha comercializado 3 mil no valor superior a R$ 14 milhões, sem qualquer nota fiscal de entrada dessa mercadoria.
Os responsáveis poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, descaminho, associação criminosa, falsidade ideológica, dentre outros.
*Estagiário sob supervisão
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