Estatais têm rombo de R$ 7,2 bilhões em 2024, o maior em 22 anos
Déficit acontece quando os gastos das empresas públicas são maiores do que o que entra em caixa
De janeiro a agosto deste ano, as estatais acumularam rombo de R$ 7,2 bilhões, o maior déficit da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em 2002.
O número é composto pelas contas negativas das empresas federais e estaduais, que fecharam no vermelho em R$ 3,3 bilhões e R$ 3,8 bilhões, respectivamente.
O déficit acontece quando o gasto supera o fluxo de entrada no caixa.
Estatais são empresas controladas pelo governo, e esse rombo afeta diretamente as contas públicas. O Executivo pode ter que cobrir os valores com mais recursos, resultando no endividamento do país e menos dinheiro para gastar com outras áreas, como saúde, educação e infraestrutura.
Na esfera federal, os recursos são providos pelo Tesouro Nacional. Nesse caso, entra também a questão da meta fiscal proposta pela equipe econômica de zerar o déficit público — quando o governo só gasta o que arrecada — em 2024 e 2025.
Companhias estaduais ou municipais funcionam da mesma forma: quando têm prejuízo, o governo local pode ter que assumir esses valores.