Economia

Dólar fecha em leve queda, apesar de dados dos EUA e decepção com China

Apesar de dia de alta, dólar se manteve quase em estabilidade por resistência técnica

Por Infomoney 17/10/2024 20h08
Dólar fecha em leve queda, apesar de dados dos EUA e decepção com China
Dólar fecha em queda, a R$ 5,65 - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O dólar comercial encerrou o dia em queda quinta-feira, mesmo com avanços no exterior. Ao longo do dia, ficou em alta em linha com a força em mercados emergentes, à medida que investidores avaliavam novas notícias vindas da China que decepcionaram os mercados globais e derrubaram preços de commodities, enquanto aguardam novos dados econômicos dos Estados Unidos.

Operador ouvido pela Reuters chamou a atenção para o volume fraco e para o movimento contido da moeda norte-americana no Brasil, ainda que no exterior a divisa tivesse ganhos firmes. Segundo ele, o nível de 5,70 reais seguia como uma resistência técnica importante para o dólar.

Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,06%, cotado a 5,6602 reais. Em outubro a divisa acumula elevação de 3,87%.

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Às 17h13, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,17%, a 5,6685 reais na venda.

No fim da manhã, o BC vendeu todos os 14.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.

Leia também: Dólar pode seguir se valorizando com juros altos por mais tempo nos EUA?

Dólar comercial

Compra: R$ 5,659
Venda: R$ 5,660
Dólar turismo
Compra: R$ 5,694
Venda: R$ 5,874
O que aconteceu com o dólar hoje?

A divisa norte-americana abriu o dia em alta ante o real, em meio à decepção com novas medidas anunciadas pela China para impulsionar o setor imobiliário. O país asiático disse que ampliará uma lista de projetos habitacionais elegíveis para financiamento e aumentará os empréstimos bancários para esses empreendimentos até o fim do ano. Analistas viram o anúncio apenas como um complemento de planos apresentados anteriormente.

“O pacote de estímulos da China veio abaixo do esperado, gerando preocupações quanto ao impacto nas economias emergentes, como o Brasil, e levando os investidores a buscar ativos considerados mais seguros, como o dólar, pressionando a cotação”, disse Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital, em comentário enviado a clientes.

Em reação ao anúncio chinês, o dólar à vista atingiu a máxima de 5,6900 reais (+0,46%) às 9h05, pouco depois da abertura. Ainda pela manhã, porém, a divisa desacelerou e se reaproximou da estabilidade.