Justiça

Testemunha aponta autores do assassinato de auditor fiscal e descreve gritos da vítima

Júri popular dos cinco acusados do crime acontece nesta quinta-feira (31)

Por Giulianna Albuquerque 31/10/2024 17h05 - Atualizado em 31/10/2024 18h06
Testemunha aponta autores do assassinato de auditor fiscal e descreve gritos da vítima
Réus pelo assassinato de João Assis - Foto: Ascom MP/AL

Durante o júri popular dos cinco réus acusados de participação na morte do auditor fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz-AL), João de Assis Pinto Neto, que acontece nesta quinta-feira (31), no Fórum da Capital, uma testemunha relatou que dois dos envolvidos teriam sido os autores do crime, ocorrido durante uma fiscalização em um depósito de bebidas no bairro Tabuleiro do Martins, em agosto de 2022. 

De acordo com a testemunha, menor de idade na época, Ricardo Gomes de Araújo e Vinícius Ricardo de Araújo da Silva seriam os responsáveis pelo assassinato. A testemunha contou que Ricardo pegou uma moto e o chamou para ir a um posto de gasolina próximo ao campus A.C Simões da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), onde compraram gasolina em um vasilhame de cinco litros. 

A testemunha afirmou ter visto Ronaldo arrastando a vítima pelo braço, enquanto Ricardo a segurava pelos pés. Disse também ter ouvido os gritos de desespero de João de Assis dizendo "socorro, meu Deus!", antes que o silêncio tomasse conta. 

Após o crime, Ricardo teria trocado a camisa ensanguentada e continuado o atendimento no estabelecimento comercial como se nada tivesse acontecido. Em seguida, a mãe e o pai dos acusados chegaram ao local, e Vinícius teria conduzido o veículo que levou o corpo de João de Assis para uma área de mata, onde foi carbonizado.

O crime

Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo, João Marcos Gomes de Araújo e Vinícius Ricardo de Araújo da Silva são os réus do caso e serão julgados pelos crimes de ocultação de cadáver, corrupção de menor e homicídio contra o idoso, por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima.

A mãe de três dos réus, Maria Selma Gomes Meira também participou do crime e será julgada por ocultação de cadáver, corrupção de menor e fraude processual.

Maria Selma teria limpado o sangue da vítima no local e auxiliando na retirada do veículo da Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz-AL) da cena do crime.