Justiça

Motorista de aplicativo que matou jovem trans alagoana em SP vai a júri popular

Julgamento será nesta quarta-feira (13), na 2ª Vara Criminal, em Carapicuíba

Por 7Segundos 12/11/2024 15h03 - Atualizado em 12/11/2024 19h07
Motorista de aplicativo que matou jovem trans alagoana em SP vai a júri popular
Jovem alagoana Anna Luísa Pantaleão foi morta às margens de uma rodovia em São Paulo - Foto: Reprodução

O motorista de aplicativo Lúcio Douglas Rabelo da Silva vai a júri popular nesta quarta-feira (13) por ter assassinado Anna Luísa Pantaleão, mulher trans alagoana que tinha 19 anos na época do crime. A jovem era de Pão de Açúcar, município do Sertão de Alagoas, e foi encontrada morta às margens de uma rodovia de Pirapora do Bom Jesus, interior de São Paulo, em setembro de 2023.

Na época, Lúcio Rabelo tinha 21 anos e confessou o crime. Ele relatou à polícia que havia contratado Anna Luíza para fazer um programa, mas desistiu do serviço ao saber que a jovem era transexual. Segundo Lúcio Rabelo, revoltada com a situação, ela discutiu com ele e os dois iniciaram uma luta corporal. Anna teria pego um canivete que levava na bolsa, mas Lúcio afirmou que conseguiu arrancar o objeto dela e a esfaqueou no pescoço, o que causou a morte da vítima.

O julgamento do motorista será na 2ª Vara Criminal, em Carapicuíba, cidade da Região Metropolitana de São Paulo. Estarão presentes o réu, testemunhas e a família da alagoana.

A avó de Anna Luísa disse em uma entrevista que espera a pena máxima ao assassino e que vai participar do julgamento de forma online. 

"Eu estava muito ansiosa, pois não poderei participar de forma presencial do júri popular. Vou participar de forma online, e o promotor me disse que isso não vai mudar nada e nem prejudicar o meu depoimento. A família está toda ansiosa. A minha filha veio aqui para Sergipe e vamos acompanhar o julgamento juntas. Estamos confiantes, pois passamos por muita coisa em São Paulo para poder encontrar a minha neta. Amanhã vamos pedir por Justiça, para que esse crime de transfobia e de ódio não fique impune", disse.