Com escândalo interno e à sombra do MDB, PT aponta ‘saldo positivo’ na eleição de 2024
Partido ensaiou uma candidatura própria à Prefeitura da capital, mas foi barrado pela articulação de Renan Calheiros
O Diretório de Maceió do PT (Partido dos Trabalhadores) mantém o discurso de “saldo positivo” nas eleições municipais deste ano. O partido comandado em Alagoas por Ricardo Barbosa, Paulão e sua turma enfrenta um escândalo envolvendo repasses do fundão eleitoral e a constante interferência do MDB.
Nesse sábado (30), petistas se reuniram no Sindicato dos Bancários para uma plenária que teve como objetivo fazer um balanço dos resultados obtidos no último pleito. Os petistas ainda discutiram uma agenda de mobilização para 2025.
O presidente do PT Maceió, Marcelo Nascimento, disse que o debate foi produtivo e que avaliar os resultados e o momento do partido faz parte da tradição petista.
“O PT de Maceió fez um balanço das eleições municipais. Um saldo positivo das eleições aqui, com debatedores como o professor e economista Cícero Péricles, a coordenadora nacional do MST, Débora Nunes, e com a presença de vários candidatos e candidatas no período da eleição municipal”, disse Nascimento em um vídeo publicado em seu Instagram.
Resultado do PT na eleição em Maceió
O PT manteve uma cadeira na Câmara Municipal de Maceió. A vereadora Teca Nelma vai representar o partido de Lula no Legislativo da capital alagoana. Atualmente, a Casa de Mário Guimarães conta com dois nomes: Teca e Valmir Gomes. No entanto, Teca se filiou ao partido neste ano, não tendo sido eleita pelo PT.
Partido sofreu interferências do MDB
No período pré-eleitoral, o PT anunciou o deputado estadual Ronaldo Medeiros como o nome ideal para disputar o controle da capital contra JHC (PL). O deputado, depois de um tempo como pré-candidato, deixou o posto e o presidente do PT Alagoas, Ricardo Barbosa, foi até o os últimos instantes da pré-campanha chegando a realizar uma convenção partidária confirmando seu nome para a disputa.
Nos bastidores, Renan Calheiros e a turma do MDB atuaram para minar a candidatura petista em Brasília. O objetivo seria aglutinar forças em torno do nome de Rafael Brito (MDB), que mesmo com o apoio do governo de Alagoas não atingiu os 20% dos votos.