Policiais do BPTran são condenados por cobrar propina via Pix em Alagoas
A defesa vai recorrer da sentença
Dois policiais militares que atuavam no Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) foram condenados por corrupção passiva pela 17ª Vara Criminal da Capital. Walter Alves Brabo Júnior e Bruna de França Rocha foram acusados de exigir propina de motoristas abordados em fiscalizações, utilizando transferências via Pix como forma de pagamento. Ambos já haviam sido expulsos da Polícia Militar de Alagoas antes da sentença.
Walter Alves foi condenado a três anos, sete meses e dezessete dias de reclusão, enquanto Bruna Rocha recebeu pena de dois anos, oito meses e vinte dias, ambos em regime aberto. No entanto, os dois foram absolvidos das acusações de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Outro acusado no processo, Lailson Ferreira Gomes Júnior, foi absolvido de todas as acusações.
A defesa dos policiais, representada pelo escritório Raimundo Palmeira, afirmou que recorrerá da sentença e sustenta a inocência de seus clientes em relação a todas as acusações. Walter e Bruna poderão recorrer em liberdade.
De acordo com o Ministério Público de Alagoas (MPAL), os policiais utilizavam as abordagens de trânsito como pretexto para extorquir motoristas. A denúncia aponta que as equipes identificavam supostas irregularidades, previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e exigiam pagamentos de propina para evitar a aplicação de multas ou a apreensão de documentos e veículos.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pela investigação, detalhou que os motoristas que alegavam não ter dinheiro em espécie eram coagidos a realizar transferências bancárias no momento da abordagem. "De forma deliberada e cinicamente, os suspeitos obrigavam os condutores a fazerem transferências bancárias. Esse esquema foi descoberto graças à atuação conjunta do MP, do Gaeco e da Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial, com o apoio da própria Polícia Militar", afirmou o órgão.
O MPAL reforçou que há provas robustas que configuram a materialidade do crime, envolvendo ao menos duas guarnições do BPTran no esquema de corrupção.
Com a condenação em regime aberto, os policiais não deverão cumprir pena em regime fechado, mas estarão sujeitos a medidas restritivas previstas pela Justiça. A decisão ainda pode ser alterada com o julgamento de recursos da defesa, que busca reverter a condenação.
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