Polícia

Polícia prende três suspeitos por morte de delator do PCC

Por volta das 12h deste sábado (7), dois foram soltos e apenas um suspeito permanece preso

Por CNN 07/12/2024 15h03
Polícia prende três suspeitos por morte de delator do PCC
Polícia encontrou centenas de munições utilizadas no crime na casa de um dos presos - Foto: Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo prendeu três suspeitos de estarem envolvidos na morte de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC).

As prisões ocorreram após denúncias anônimas de que um imóvel na região era usado para armazenar armas e munições ligadas ao crime organizado. Os três foram presos na zona Leste da capital paulista, em Guaianazes, entre esta sexta (6) e sábado (7).

Os detidos são os irmãos Marcos Henrique Soares Brito, de 22 anos, e Matheus Soares Brito, de 19, além do tio deles, Allan Pereira Soares. Durante as ações policiais desde esta sexta-feira (6), sete pessoas foram presas.

Por volta das 12h deste sábado (7), Allan Soares e Marcos Soares Brito foram liberados pela polícia. Neste momento, apenas Matheus Brito permanece preso.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo confirmou as prisões. Matheus era alvo da Polícia Civil, enquanto Allan e Marcos foram presos em flagrante por equipes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).

Segundo a investigação, as prisões buscam garantir o avanço do inquérito e possibilitar a coleta de novas provas. A Polícia Civil acredita que cinco pessoas participaram diretamente do assassinato de Gritzbach: dois atiradores, um motorista, um olheiro no aeroporto e outro suspeito responsável pela fuga.

O advogado dos irmãos, Eduardo Kuntz, contesta a legalidade das prisões. “Não havia mandado de prisão em aberto contra eles. A detenção foi arbitrária e absurda. Vamos recorrer da decisão e buscar a liberdade dos meus clientes,” declarou.

Na ação que resultou nas prisões, a polícia apreendeu 79 munições de revólver 762, 30 munições de fuzil, um carregador de fuzil 556 com 30 munições de fuzil integras, um carregador de fuzil 556 vazio e um cartucho deflagrado 762.

A Polícia Civil segue analisando a possível conexão dos detidos com o crime e não descarta a participação de outros envolvidos. As investigações continuam com foco em desmantelar os esquemas do PCC e esclarecer a execução do delator.