Pedido de habeas corpus de Kel Ferreti ainda não foi analisado e influenciador segue preso
Em entrevista ao Rede Antena 7, advogado de Ferreti defende soltura de cliente e fala em 'insegurança jurídica' no país
Após cinco dias da prisão do influenciador Kel Ferreti, em uma operação do Ministério Público de Alagoas (MPAL) que visa combater a lavagem de dinheiro, a defesa ainda aguarda decisão sobre o pedido de habeas corpus feito na última quinta-feira (05), um dia após a prisão. Segundo o advogado de Ferreti, Rodrigo Monteiro, a manutenção da prisão do influenciador não seria necessária para o andamento das investigações.
Em entrevista ao Rede Antena 7, ocorrida na manhã desta segunda-feira (9), o advogado falou sobre as razões que o levam a defender a soltura de seu cliente. Para ele, Kel atuava na divulgação das plataformas de jogos de maneira correta, como estipulam os princípios do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).
Monteiro pontuou ainda que, apesar de já haver uma legislação federal (a Lei 14.790 de 2023) também conhecida como a lei das Bets, e outras portarias da própria Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, existe uma insegurança jurídica no Brasil que acaba gerando as operações policiais que vemos ocorrer em todo o país.
Ele conclui relembrando a recente operação do Ministério Público de Pernambuco (MPE), que envolveu a influenciadora Deolane Bezerra e o cantor Gustavo Lima, em que o próprio MPE entendeu que a divulgação das Bets feita pelo cantor estava de acordo com o que determina a lei federal, deixando, assim, de oferecer a denúncia.
“Na minha visão é preciso mudar essa realidade. Uma prisão não vai resolver essas situações. E a prisão, ela sempre é uma extrema medida. E, na minha visão, nesse caso (do influenciador Kell Ferreti), ela não é necessária, é inadequada”, explica Rodrigo Monteiro.
O caso
Kel Ferreti é apontado, segundo as investigações, como líder da organização criminosa que visava ludibriar seguidores, ostentando uma vida luxuosa nas redes sociais, para atrair novos apostadores em cassinos virtuais.
Segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), obtidos pelo MPAL, há evidências de uma possível prática ilícita de lavagem de dinheiro entre os investigados. Uma empresa de publicidade, por exemplo, movimentou grandes quantias através de milhares de transferências fragmentadas, possivelmente atuando como intermediária de operações ilegais.
A apuração do Gaesf também aponta para possíveis fraudes bancárias, com movimentações suspeitas relacionadas a empresas envolvidas em golpes virtuais. Há indícios de que o grupo criminoso tenha utlizado contas bancárias para lavar dinheiro proveniente de jogos de azar e outros crimes.
Veja também
Últimas notícias
Papagaios-do-mangue e jabutis chegam a AL com missão de contribuir para refaunação e replantio de florestas
Cabo Bebeto aponta descaso na Sesau e revela racionamento de insulina
JHC supera Renan Filho em pesquisa para o governo de Alagoas; veja os números
Homem é preso acusado de tráfico de drogas em Palmeira dos Índios
Mulher é presa por tentar matar irmã com tesoura após bebedeira em Maribondo
Jovem é executado a tiros em via pública no bairro do Feitosa, em Maceió
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
