Nova faixa verde irá afetar bares, restaurantes e turismo, apontam entidades
Medida foi implementada onde antes era um local permitido o estacionamento de veículos
Diversas entidades representantes dos setores de bares e restaurantes, turismo, hotelaria, entre outros, emitiram uma nota em conjunto, nesta quarta-feira (11), manifestando insatisfação após a recente implementação de uma nova faixa verde na orla de Maceió, onde antes era um local permitido o estacionamento dos veículos. As entidades alegam que a medida irá prejudicar os setores e dificultar o fluxo de pessoas na região da Ponta Verde, área estratégica para o turismo na capital alagoana.
A nota afirma que reconhece a importância de medidas que auxiliem a melhoria do fluxo no trânsito no local, entretanto, as entidades afirmam que a decisão causará impactos negativos para as empresas que atuam na região, devido à inviabilização na logística das pessoas que frequentam a orla maceioense.
“A falta de alternativas para estacionamento prejudica bares, restaurantes, barracas de praia, hotéis, agências de viagens, supermercados, motoristas de aplicativos, guias turísticos e outros setores que compõem a cadeia econômica local”, diz a nota.
As entidades finalizam fazendo um apelo à Prefeitura de Maceió para que seja reavaliada a decisão da proibição de estacionar no canteiro central da Avenida Silvio Carlos Viana – agora, passível de multa – e busque soluções alternativas que conciliem a mobilidade urbana com a preservação da atividade econômica e turística da Ponta Verde.
Em entrevista a uma emissora de tv local, um dos comerciantes da região, que possui um food truck – veículo que fica estacionado para a comercialização de alimentos – disse que foi pego de surpresa com a decisão da prefeitura, e que não sabe como deverá fazer diante da proibição de estacionar no local durante o período festivo.
Ele também explicou que esses veículos possuem a devida autorização da prefeitura para atuar e questionou como que fica a sua situação após a nova medida: “Nós como food truck, que temos autorização para trabalhar, como é que a gente faz? A gente vai rasgar isso, a gente não vai trabalhar?”, indagou Vinícius durante a entrevista.
O comerciante lamentou o fato de ter se preparado o ano todo para a chegada do período de festas, tendo passado pela época das chuvas, quando as vendas caem bastante para o comércio de rua, e, agora, não poder trabalhar devido a recente proibição implementada pelo Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT).
Confira nota na íntegra:
NOTA OFICIAL
As entidades representativas dos setores de bares e restaurantes, turismo, hotelaria, comércio, transporte, imobiliário e serviços de Maceió vêm a público manifestar sua insatisfação com a decisão da Prefeitura de Maceió de proibir o estacionamento de veículos no canteiro central da Avenida Silvio Carlos Viana, na Ponta Verde, durante o mês de dezembro.
Embora reconheçamos a importância de medidas que promovam melhorias no fluxo de trânsito e na segurança viária, essa decisão acarreta impactos negativos significativos para as empresas e trabalhadores que atuam na região. A Ponta Verde é uma área estratégica para o turismo e o comércio da capital alagoana, concentrando diversos estabelecimentos que dependem do acesso facilitado para receber turistas, moradores e consumidores.
A falta de alternativas para estacionamento prejudica bares, restaurantes, barracas de praia, hotéis, agências de viagens, supermercados, motoristas de aplicativos, guias turísticos e outros setores que compõem a cadeia econômica local. Essa medida inviabiliza operações logísticas essenciais, como carga e descarga, dificulta o embarque e desembarque de hóspedes e clientes e reduz o fluxo de visitantes, comprometendo diretamente o faturamento das empresas, a geração de empregos e a renda de centenas de famílias que dependem dessas atividades.
Além disso, o redirecionamento do tráfego para ruas adjacentes intensificará congestionamentos e aumentará os riscos de acidentes, agravando ainda mais os problemas de mobilidade na região e impactando a experiência turística em um dos destinos mais procurados do estado.
As entidades signatárias apelam para que a Prefeitura reavalie a decisão e promova o diálogo com os setores envolvidos, buscando soluções alternativas que conciliem a mobilidade urbana com a preservação da atividade econômica e turística da Ponta Verde. A criação de estacionamentos alternativos ou o uso parcial do canteiro central são algumas das medidas que poderiam mitigar os prejuízos e garantir o equilíbrio entre os interesses da população, turistas e empresários locais.
Confiamos que o bom senso prevalecerá e que o poder público trabalhará de forma conjunta com as entidades representativas para minimizar os impactos negativos dessa medida.
Maceió, 11 de dezembro de 2024.
Entidades Signatárias:
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Alagoas (Abrasel/AL), Associação das Barracas de Praia de Maceió (ABOM), Associação dos Motoristas por Aplicativos de Alagoas (AMPAEAL), Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Alagoas (SINDHAL), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas (ABIH/AL), Associação Brasileira de Agências de Viagens de Alagoas (ABAV/AL), Associação dos Supermercados de Alagoas (ASA), Maceió Convention & Visitors Bureau (MCVB), Sindicato dos Guias de Turismo de Alagoas (SINGTUR-AL), Associação da Feirinha de Artesanato da Pajuçara (AFAP) e Associação do Comércio Atacadista e distribuidor do Estado de Alagoas (ACADEAL).