A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), por meio do Núcleo de Defesa Animal, informa que teve início a primeira etapa da campanha de vacinação contra a brucelose de 2025.

A primeira etapa, que foi aberta a partir de 1° de janeiro, segue até o dia 30 de junho. Nela, o criador alagoano deve vacinar os animais – fêmeas bovinas e bubalinas – com idade de três até oito meses de vida contra a doença.

Por se tratar de uma vacina viva, passível de infecção para quem a manipula, a vacinação deve ser feita por um médico-veterinário cadastrado na Adeal, garantindo a correta aplicação do imunizante.

A brucelose bovina é uma doença causada por uma bactéria chamada Brucel-la abortus, causando frequentemente aborto em vacas (principalmente nos últimos 3 meses da gestação) e infecção nos testículos em machos.

A doença pode ser transmitida para o homem, principalmente quando ocorre o manejo de animais contaminados, acidentes no manuseio da vacina, manipulação de carcaça, bem como devido ao consumo de leite cru e seus derivados.

Entre os animais, a infecção ocorre pelo contato da bactéria com a mucosa do animal, principalmente as narinas, a boca, a língua e os olhos. As fontes de infecção são produtos de aborto ou parto de animais infectados.

Do animal para o homem, a transmissão ocorre pelo contato direto das mucosas e ferimentos dos animais com a bactéria, ao realizar partos de vacas com brucelose bovina ou ao entrar em contato com restos de abortos, placentas e corrimento vaginal das fêmeas doentes.

Entre os sintomas nos animais estão: abortos (geralmente nos últimos três meses da gestação); nascimento de bezerros fracos; mortalidade de bezerros recém-nascidos, retenção de placenta; repetição de cio e descargas do útero das vacas com grande eliminação da bactéria. Nos machos, ocorre inflamação nos testículos.

A Adeal orienta aos criadores, como forma de evitar o surgimento da doença no rebanho, a compra de animais apresentando o documento da Guia de Trânsito Animal (GTA), acompanhada de atestados negativos para brucelose; consumir leite industrializado (pasteurizado) e vacinar todas as fêmeas na idade de três a oito meses.