Número de crianças leitoras nas redes públicas de Alagoas avança quase 200%
Resultado é fruto de parceria entre Estado e municípios, por meio do Regime de Colaboração e traz análise da série histórica das avaliações de saída no período de 2021 a 2024
O desempenho dos estudantes alagoanos na Educação Básica vem sendo acompanhado de perto pelo Governo de Alagoas, e em todas as suas etapas. O resultado desse trabalho que busca a melhoria contínua da aprendizagem salta aos olhos.
Isso porque, segundo levantamento realizado pela Gerência Especial de Gestão do Sistema de Avaliação Educacional (GEAVA) da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Alagoas deu um salto de qualidade na Avaliação de Fluência, criada para medir a capacidade de leitura de estudantes do 2º ano do ensino fundamental, com avanço de quase 200% no número de crianças leitoras nas redes públicas – considerando a série histórica das avaliações de saída, no período de 2021 a 2024.
O levantamento considera as crianças matriculadas, tanto na rede pública estadual, quanto nas redes municipais das 102 cidades alagoanas, refletindo o trabalho do Governo de Alagoas, por meio de iniciativas como o Regime de Colaboração com os municípios, aos quais são ofertados material didático, formação e pagamento de bolsa para articuladores de ensino.
Some-se a isso o Programa Criança Alfabetizada, que conta com o apoio da Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa) e é parte integrante do Escola 10, sendo executado em parceria com a Associação Bem Comum.
A avaliação
Promovida pelo Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas (Saveal), a avaliação de fluência é uma prova que mede o desempenho dos alunos em leitura e matemática, realizada por meio de um aplicativo que grava a leitura do aluno e permite que o professor acompanhe a leitura da criança.
Os resultados são usados para identificar o nível de leitura dos alunos e desenvolver ações para melhorar sua alfabetização, sendo classificados em três perfis: pré-leitor – aquele que ainda não dispõe de condições para realizar leitura oral ou o faz com muito esforço; leitor iniciante – aquele que consegue, em 1 minuto, ler corretamente mais de 10 palavras e/ou 6 pseudopalavras; e leitor fluente – aquele que domina o princípio alfabético.

Integração e planejamento
De acordo com superintendente de Cooperação com os Municípios e coordenador da Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa) do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA) pela Seduc, Daniel Marinho, o primeiro ponto importante é a aceitação da avaliação por parte das redes municipais. Afinal, são elas as protagonistas deste índice, já que concentram o maior número de matrículas avaliadas e, consequentemente, os resultados das ações implementadas.
“É em razão desse trabalho integrado entre Estado e Municípios e da união das redes na preparação de uma boa base, com a alfabetização das crianças na idade certa, que conseguimos obter excelentes resultados. Esses resultados, inclusive, vão se estender por toda a vida do estudante. Então, é indispensável este acompanhamento desde cedo, e os resultados apontam isso. Em 2024, na avaliação de saída, foi registrada uma taxa de 97,4% de participação, com 34.243 crianças avaliadas de um total de 35.151 previstas. E do total de avaliações aplicadas, a taxa de estudantes classificados como leitores iniciantes fluentes foi de 64,7%, superando os 33,8% da avaliação de entrada, realizada nos primeiros meses do ano letivo e utilizada tanto para avaliar, quanto para planejar as ações a serem implementadas durante o ano”, explica Daniel.
Superação
Ainda em termos comparativos, o gerente da GEAVA, Artur Ferreira Filho, pontua os índices superados.
“Avaliando a série histórica de forma mais pormenorizada, no ano de 2024, podemos ver um aumento significativo de crianças leitoras tanto na avaliação de entrada, quanto na avaliação de saída. Superamos todos os anos anteriores, obtendo um crescimento de quase 200% em relação ao ano de 2021 [primeiro ano da avaliação]. Já na comparação entre os níveis de fluência leitora de entrada e saída, observa-se uma redução nos percentuais de crianças classificadas nos níveis de pré-leitor, além de um crescimento expressivo nos níveis de leitor iniciante e leitor fluente”, destaca o gerente.
Ainda de acordo com a análise da gerência, o Índice de Fluência Leitora (IFL) refletiu esse avanço, subindo de 3,5 na entrada para 5,3 na saída, numa escala de 0 a 10. Por outro lado, o percentual de pré-leitores 1 (crianças que não conseguem ler) saiu de 22% para apenas 9% entre alunos de saída no ano de 2024, o que também indica o esforço concentrado das redes em garantir que mais crianças alcancem níveis básicos de alfabetização.
O gerente de avaliação diz que o resultado precisa ser enaltecido, mas também ressalta que ainda há muito a fazer.
“Ainda temos muito trabalho pela frente, já que 35,3% dos alunos permanecem fora dos níveis de fluência desejados. Isso destaca a necessidade de se continuar investindo em estratégias de alfabetização capazes de fazer com que alcancemos a totalidade dos estudantes alagoanos”, emenda Artur, reforçando a relevância de programas voltados à universalização da alfabetização.
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