Polícia bloqueia R$ 2 milhões de grupo que aplicou 'golpe do bilhete premiado' em idosos de AL
Ação ocorreu na cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul
A Delegacia de Estelionatos da Polícia Civil de Alagoas, sob o comando do delegado Lucimério Campos, cumpriu seis mandados de busca e apreensão, emitidos pela 17ª Vara Criminal da Capital de Alagoas. A ação ocorreu na cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, nesta semana. A operação combate crimes de estelionato praticados contra idosos residentes em Maceió.
A ação mirou um grupo criminoso especializado no golpe do "conto do bilhete premiado". Os criminosos causaram prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões a seis vítimas alagoanas em 2024.
Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam dois veículos utilizados pelos investigados. Autoridades também adotaram medidas judiciais para bloquear valores estimados em R$ 2 milhões, visando garantir o ressarcimento às vítimas.
Como funciona o golpe
O esquema, popularmente conhecido como "bilhete premiado", fez diversas vítimas na capital alagoana. Uma integrante do grupo criminoso, geralmente mulher, aborda idosos nas proximidades de agências bancárias em áreas nobres da capital. Ela alega possuir um bilhete de loteria premiado com valor elevado.
Inicialmente, a golpista pede auxílio para resgatar o prêmio. Ela afirma, em seguida, ser Testemunha de Jeová e, por isso, estar impossibilitada de receber o valor integral. Durante a conversa, um segundo integrante do grupo, homem bem-vestido, aparece e se oferece para ajudar, alegando ter ouvido o diálogo.

A dupla utiliza diversos artifícios e técnicas de persuasão para vencer a resistência da vítima, convencendo-a a adquirir parte do prêmio. Os criminosos chegam a realizar ligações para falsas centrais telefônicas, que confirmam a suposta premiação. O discurso pode ser ajustado conforme a reação da vítima, oferecendo o bilhete por valor reduzido ou sugerindo contribuição para falsa doação beneficente.
Na sequência, os criminosos conduzem a vítima ao banco. Lá, ela é induzida a realizar transferências via PIX, TED, ou contrair empréstimos bancários, depositando os valores em contas de terceiros (laranjas).
O patrimônio subtraído é rapidamente distribuído entre contas de comparsas para dificultar o rastreamento e bloqueio pelas autoridades.
Cooperação policial interestadual
A operação contou com apoio fundamental da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, através da 2ª Delegacia de Polícia de Passo Fundo, sob o comando da delegada Carolina Goulart. Participaram também a Sipac da 6ª DPRI, a Draco de Passo Fundo e o Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil do Paraná (Nuciber).
O Departamento de Aviação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul disponibilizou uma aeronave institucional para o deslocamento da equipe alagoana. A medida agilizou significativamente os trabalhos investigativos e logísticos durante o cumprimento das ordens judiciais, dada a distância entre Porto Alegre e Passo Fundo.
Veja também
Últimas notícias
STF conclui votação que proibe realização de aborto por enfermeiros
Servidores do Poder Executivo Estadual têm feriado prolongado na próxima semana
Prefeita Tia Júlia assina Ordem de Serviço para construção de Centro Educacional Infantil
Saiba quais são as unidades da rede estadual de saúde que ofertam serviços odontológicos
MEC permitirá uso das três últimas notas do Enem no Sisu 2026
Moraes autoriza Mauro Cid a comparecer ao aniversário da avó
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
