R$300 milhões em um trimestre: PC desarticula grupo de tráfico interestadual de drogas
Em Maceió suspeitos forneciam drogas para o DF; Agentes cumprem 19 mandados de prisão temporária e 80 mandados de busca e apreensão

A Polícia Civil do Distrito Federal cumpre, na manhã desta sexta-feira (28), 19 mandados de prisão temporária e 80 de busca e apreensão contra um grupo suspeito de tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro.
As medidas são cumpridas no DF, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Goiás, Rio Grande do Norte e Alagoas. A Polícia Civil afirma que o grupo comprava as drogas em áreas de fronteira e as distribuía no DF e em outras unidades da federação.
Em apenas três meses, uma das contas do grupo — que estava em nome de uma fintech sediada em São Paulo — movimentou R$ 300 milhões. De acordo com as investigações, com o dinheiro obtido por meio ilegal, os suspeitos ostentavam vidas de luxo, com imóveis de alto padrão e veículos de luxo.
Os alvos podem responder pelos crimes de integração em organização criminosa, tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro. Se condenados, eles podem pegar até 30 anos de prisão.
A operação desta sexta-feira é coordenada pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil do DF, com apoio das policiais civis dos estados envolvidos, da Polícia Penal do DF e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Esquema
As investigações, que duraram cerca de um ano e meio, apontam que o grupo era dividido em núcleos:
núcleo nordeste e Mato Grosso do Sul
Suspeitos que moram em Maceió (AL) mantêm associação criminosa com os alvos do Mato Grosso do Sul, segundo a Polícia Civil. Ainda segundo as apurações, esse núcleo é responsável pelo fornecimento de drogas ao Distrito Federal.
A Polícia Civil diz que um dos chefes do núcleo é um homem que está preso na Bolívia desde o ano de 2023, quando foi capturado com granadas de uso restrito e uma aeronave carregada com cocaína. As investigações apontam que os familiares do homem atuam como "testas de ferro", ou seja, recebiam os valores ganhos ilicitamente.
núcleo do DF
Com a prisão de integrantes do grupo em outros momentos, a Polícia Civil conseguiu identificar os chefes do esquema na capital. Segundo as investigações, eles eram responsáveis por movimentar os valores do tráfico em contas bancárias em nome de duas pessoas jurídicas: Barbosa Transportes e Flávio Auto Peças. O g1 tenta contato com as empresas.
núcleo de Goiás
Flávio Auto Peças era administrada por um casal e o filho do marido, de 20 anos. A empresa foi aberta com uso de documentos falsos, ainda de acordo com as investigações. A Polícia Civil afirma ainda que, aos 19 anos, o filho foi nomeado assessor parlamentar de um gabinete da Câmara Municipal de Goiânia.
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