Abordagem sangrenta no Benedito: vídeo e áudios mostram versões diferentes; entenda
Imagens mostram a mulher, com o braço cortado, trancada do lado de dentro da sua casa, bastante alterada e proferindo diversos xingamentos e ameaças contra os policiais

Novas imagens que mostram a confusão ocorrida nessa quarta-feira (9), entre policiais militares e moradores do Loteamento Parque das Américas, no bairro Benedito Bentes, em Maceió, contestam a versão da família, que acusa os agentes de terem cometido abuso de autoridade durante abordagem. O vídeo enviado à redação do 7Segundos mostra a mulher, com o braço cortado, trancada do lado de dentro da sua casa, bastante alterada e proferindo diversos xingamentos e ameaças contra os policiais.
A versão da família - genro, sogra e o seu esposo, seria de que os policiais militares teriam feito uma abordagem truculenta contra um dos envolvidos, que, na ocasião, segurava uma criança no colo. Diante do suposto perigo, a mulher, que não teve a identidade revelada, teria tentado retirar a criança daquela situação, quando, segundo a sua versão, os policiais teriam apontado uma arma contra ela e jogado spray de pimenta em sua direção.
Ela conta, ainda, que teria sido empurrada pelos policiais e caído no chão, ficando ferida.
O vídeo, que mostra parte da situação, expõe a mulher trancada dentro da sua casa, enquanto que os policiais estão do lado de fora, aparentemente, tentando contornar a situação. A moradora aparece nas imagens com o braço cortado, e sangrando bastante. Cacos de vidro, que seriam da porta da residência, aparecem do lado de fora da casa, o que evidenciaria que a própria mulher poderia ter se cortado ao tentar quebrar o vidro da porta para conseguir sair.
É possível ouvir, também, diversos xingamentos e ameaças que a mulher, visivelmente alterada, faz contra os policiais. Em dado momento ela fala “Você vai se f*der” e, ainda: “Vai sobrar pra você!”, tudo isso enquanto uma enorme quantidade de sangue jorra do corte em seu braço.
Emmanuele Marques, advogada criminalista que representa a família que acusa os agentes disse, ao 7Segundos, que a família mantém a versão apresentada inicialmente. Segundo relatos das vítimas, houve a ação ilegal por parte dos policiais, além de um acordo entre os militares para encobrir a suposta atuação violenta. Ainda de acordo com a advogada, a vítima teria se exaltado ao ver seus filhos sendo agredidos pela polícia, uma vez que nenhum ilícito teria sido encontrado com nenhum deles.
Ainda de acordo com a versão apresentada pela a família, na ocasião, os policiais teriam entrado na casa da vítima sem autorização e torturado a mãe e um dos filhos. A mulher teria sido arremessada contra a porta e cacos de vidro provocaram os cortes no corpo, inclusive no pulso.
No final, de acordo com o que foi dito pela advogada, os policiais teriam saído da casa com a chave e fechado a porta por fora, momento em que teriam combinaram entre si de gravar um vídeo dizendo que a vítima provocou as agressões, sendo os policiais, por tanto, vítimas de desacato.
Nota da PM
A Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) vem a público prestar esclarecimentos a respeito da ocorrência registrada na noite dessa quarta-feira (09), no Conjunto Carminha, no Benedito Bentes, em Maceió.
Equipes da Companhia de Raio realizavam patrulhamento e abordagens de rotina quando avistaram um jovem com um volume suspeito na cintura. Diante da chamada fundada suspeita, foi realizada a abordagem e revista pessoal. Nesse momento, a mãe do abordado, visivelmente alterada, tentou interromper a ação policial, agindo com comportamento extremamente hostil, de forma desrespeitosa e agressiva.
A PM enfatiza que, em nenhum momento, a mãe foi abordada. Nada de ilícito foi constatado na abordagem pessoal ao rapaz. Na tentativa de conter os ânimos, a mulher foi conduzida para o interior da residência. Tomada pela fúria, desferiu socos contra as vidraças do imóvel, cortando o pulso, perdendo grande quantidade de sangue. Uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL) foi acionada pelos policiais e prestou atendimento pré-hospitalar à ferida.
Um dos filhos relatou que ela teria perdido o controle ao ver o outro filho sendo abordado. A mulher foi levada para atendimento no Hospital Geral do Estado (HGE), onde foi constatado seu estado de embriaguez. Os envolvidos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil, onde foi confeccionado o Boletim de Ocorrência para posteriormente haver a lavratura de um Termo Circunstanciado de Ocorrência por desacato.
A PM-AL se coloca à disposição para prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários.
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