Mísseis atingem a Ucrânia e matam 34, segundo Kiev
Imagens divulgadas pelo presidente Volodymyr Zelenskiy nas redes sociais mostram corpos espalhados pelas ruas
Dois mísseis balísticos russos atingiram neste domingo (13) o centro da cidade de Sumy, no norte da Ucrânia, matando 34 pessoas e ferindo ao menos 117, segundo informações do governo de Kiev. O bombardeio, que aconteceu durante o Domingo de Ramos, foi classificado como o ataque mais letal em território ucraniano desde o início do ano.
A tragédia gerou forte comoção dentro e fora do país. Imagens divulgadas pelo presidente Volodymyr Zelenskiy nas redes sociais mostram corpos espalhados pelas ruas próximas a um ônibus destruído e veículos em chamas.
— Só canalhas podem agir assim. Tirando a vida de pessoas comuns — disse o presidente ucraniano, que também exigiu uma resposta internacional firme contra Moscou.
Zelenskiy destacou o simbolismo do ataque ter ocorrido em uma data religiosa importante para os cristãos ortodoxos. Entre as vítimas, estavam pessoas que caminhavam pelas ruas, estavam dentro de carros ou em transportes públicos no momento da explosão.
Yevhen, um morador de 27 anos que presenciou a cena, relatou sua indignação.
— As pessoas que lutam contra nós dizem que são cristãs, que acreditam em Deus, mas vivenciamos o terrorismo em primeira mão hoje. Não tenho palavras — afirmou, pedindo para não ter seu sobrenome divulgado.
As condenações internacionais não demoraram a aparecer. Os líderes da Alemanha, Reino Unido e Itália repudiaram o ataque.
— Esses ataques mostram o quanto vale a suposta prontidão da Rússia para a paz — escreveu o chanceler alemão Olaf Scholz em uma publicação nas redes sociais.
Até o momento, o governo russo não comentou oficialmente o ataque. Moscou nega ter como alvo civis, embora milhares de pessoas já tenham morrido ou ficado feridas desde o início da invasão em fevereiro de 2022.
Explosões no Domingo de Ramos
Sumy, localizada a cerca de 25 km da fronteira com a Rússia e com população aproximada de 250 mil habitantes, tem estado sob forte tensão desde que se tornou um dos pontos de defesa do norte ucraniano. No ano passado, foi palco de uma tentativa de incursão da Ucrânia em território russo, repelida pelas tropas de Moscou.
Segundo o ministro do Interior da Ucrânia, Ihor Klymenko, os alvos atingidos pelos mísseis foram civis: pessoas estavam nas ruas, em carros e dentro de edifícios residenciais.
— Foi uma destruição deliberada de civis em um importante dia de festa religiosa — afirmou.
Andriy Yermak, chefe de gabinete de Zelenskiy, declarou que os mísseis estavam equipados com munições de fragmentação, um tipo de armamento que dispersa explosivos em ampla área, aumentando o poder letal.
— Os russos estão fazendo isso para matar o maior número possível de civis — acusou.
Já a deputada Maryana Bezuhla sugeriu em publicação no Telegram que o ataque pode ter sido motivado por vazamentos de informações sobre a movimentação de soldados na cidade. A parlamentar, conhecida por suas críticas à cúpula militar ucraniana, não apresentou provas, e a informação não foi confirmada por outras fontes.
Pavriz Manakhov, morador da região atingida, contestou essa hipótese:
— Moramos no centro da cidade. Não há base militar aqui. Não há soldados. Só civis — relatou à agência Reuters.
Na última semana, outro ataque russo com mísseis matou 20 pessoas — incluindo nove crianças — na cidade de Kryvyi Rih, terra natal de Zelenskiy. O atentado deste domingo eleva ainda mais a tensão, enquanto as forças russas continuam avançando lentamente no leste da Ucrânia, onde já controlam quase 20% do território do país.
Em sinal de luto, o prefeito interino de Sumy, Artem Kobzar, decretou três dias de homenagens às vítimas, a partir desta segunda-feira (14).
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