Deputado Cabo Bebeto critica remuneração de procuradores do Estado de Alagoas
Crítica do deputado se intensificou ao comparar esses valores com a situação dos profissionais do Samu
O deputado estadual Cabo Bebeto (PL) criticou o que considera privilégios no serviço público estadual. Em suas redes sociais, o parlamentar afirmou que “infelizmente, Alagoas volta a ser a Terra dos Marajás, dos supersalários", ao comentar a remuneração de procuradores do Estado de Alagoas.
Segundo Cabo Bebeto, a remuneração de um procurador da última classe pode chegar a R$ 52 mil, somada a uma gratificação de R$ 2 mil. Ele afirmou ainda que, com a nova lei proposta pelo Governo do Estado e aprovada na Assembleia Legislativa — com o voto contrário dele —, foi criada uma possibilidade de aumento ainda maior nos vencimentos.
“Durante 30 dias que ele (o procurador) exerce a função, e pode receber, a cada três dias, um dia de folga ou um dia de salário. Se optar por um dia de salário, serão, em 30 dias, 10 dias de salário. Do salário base, vai receber R$ 17 mil”, explicou o deputado. O parlamentar destacou que essa regra não se aplica a todos os procuradores, apenas àqueles que exercem determinadas funções específicas.
Cabo Bebeto seguiu criticando os benefícios adicionais. “Diante desse salário e das gratificações, ele não podia ficar, lógico, aqui em Alagoas, de esquerda, sem um auxílio de alimentação, porque os bichinhos merecem um auxílio de alimentação, né?”, ironizou. O valor do auxílio chega a R$ 4.500.
Além disso, o deputado lembrou que já está em vigor o pagamento de honorários de sucumbência, também aprovado neste ano pelo Governo do Estado e pela Assembleia Legislativa, que pode representar um acréscimo de até R$ 30 mil no salário de alguns procuradores.
Há ainda o pagamento de uma comissão no valor de R$ 3 mil, cuja finalidade o parlamentar disse desconhecer. Somando todos esses componentes — salário base, gratificação, conversão de folgas em dinheiro, auxílio-alimentação, honorários de sucumbência e comissão —, Cabo Bebeto afirma que o rendimento de um procurador pode chegar a R$ 108.500 por mês.
“Neste estado rico, milionário, como Alagoas, que defende a divisão para todos, tem procurador que vai receber R$ 108.500 por mês”, declarou.
A crítica do deputado se intensificou ao comparar esses valores com a situação dos profissionais do Samu. “Na mesma sessão que foi aprovada, essa vergonha, essa 'sacanagem' com o seu dinheiro, que o cidadão vai receber do Estado de Alagoas, de salário, para fazer o que ele fez concurso para fazer, cheio de bonificação, gratificação e auxílio, e um salário que foge à nossa realidade, o governador vetou o auxílio de alimentação da Samu.”
Cabo Bebeto explicou que os operadores do Samu recebem uma “quentinha”, e que havia uma proposta, de sua autoria, para substituí-la por um valor em dinheiro a ser repassado diretamente aos profissionais. “A proposta era acabar com ela (a quentinha) e que o dinheiro dessa alimentação fosse para o motorista, a enfermeira, que muitas vezes estão em uma concorrência, ao meio-dia e até a concorrência acabar, não conseguem almoçar. A quentinha está fria, horrível.”
Segundo ele, com o auxílio, os profissionais poderiam se alimentar de forma mais adequada. “Era só transformar a quentinha em auxílio, mas foi negado. E no mesmo dia que foi negado o auxílio da alimentação para o Samu, aprovaram o aumento para o procurador do Estado”, afirmou.
Encerrando sua fala, o deputado concluiu: “Alagoas é pai e mãe, mas para poucos.”
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