"Missão cumprida, mas justiça pela metade", desabafa mãe de Roberta Dias após condenações
Após 13 anos de luta, Mônica Reis fala sobre a dor e a sensação de incompletude após o julgamento dos réus envolvidos no assassinato de sua filha

"Saí daquele fórum ontem com a sensação de missão cumprida. Cada um fez sua parte, né? Eu esperava mais, não vou mentir. A justiça foi feita pela metade." Com essas palavras emocionadas, Mônica Reis, mãe de Roberta Dias, descreveu o que sentiu após o julgamento dos acusados pelo assassinato de sua filha, ocorrido em 2012, em Penedo.
O Tribunal do Júri condenou Karlo Bruno Pereira e Mary Jane Araújo Santos pelos crimes relacionados à morte de Roberta. Karlo Bruno foi sentenciado a 15 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado e cumprirá a pena em regime fechado. Já Mary Jane foi condenada a 1 ano e 10 meses de reclusão, em regime aberto, pelos crimes de ocultação de cadáver e corrupção de menores. Cabe recurso da decisão.
Em sua fala, Mônica reconheceu o esforço de todos os envolvidos no processo, mas também expôs a dor de uma mãe que, apesar da condenação, sabe que a maior perda é irreparável. "A Roberta foi para nunca mais voltar", disse, referindo-se à filha que desapareceu em 2012, enquanto estava grávida de Saulo de Thasso, filho de Mary Jane. Segundo as investigações, Mary Jane teria planejado o crime para impedir o nascimento do bebê, e Karlo Bruno executou o assassinato.
Mônica também demonstrou compaixão pelas famílias dos réus. "Quero falar para a família dos réus: não fiquem com raiva. Sei que eles não têm culpa." Em tom resignado, ela ainda refletiu sobre a brevidade das penas em comparação à dor permanente de perder a filha: "O Carlos Bruno vai passar pouco tempo no presídio e a Mary Jane vai responder em liberdade. E a Roberta não volta mais."
A mãe da vítima fez questão de agradecer a todos que a apoiaram ao longo dos anos, desde a sociedade civil até a imprensa local. "Quero agradecer a todos da sociedade que me acompanharam, me deram força. Quero agradecer os que me desmotivaram também. A imprensa, principalmente a local da minha cidade, que nunca deixou o caso ser esquecido", destacou, citando em especial a jornalista Marta Márquez.
Após anos de luta por justiça, a sensação de alívio vem misturada ao pesar. "Agora só me resta a lembrança. Ainda bem que esse martírio acabou. Graças a Deus", concluiu Mônica, emocionando a todos que acompanharam essa longa e dolorosa trajetória.
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