Em um intervalo de apenas 24 horas, a região metropolitana de Maceió registrou ao menos nove ocorrências de violência contra a mulher. Os registros foram feitos em bairros da capital e em municípios vizinhos, como Rio Largo e Paripueira. No entanto, o número real de vítimas pode ser ainda maior, em razão da subnotificação causada pelo medo, vergonha ou dependência emocional e financeira das vítimas em relação aos agressores.

Em Rio Largo, a polícia foi acionada após um homem, em surto, agredir violentamente sua própria mãe de 53 anos, causando ferimentos visíveis. A vítima precisou ser levada ao hospital para atendimento de urgência devido a complicações de saúde, já que é diabética e epiléptica. O agressor foi preso em flagrante.

Já em Maceió, no bairro do Prado, uma mulher de 53 anos denunciou o marido, também de 53, por danos materiais, injúria e ameaça. Segundo a vítima, o agressor quebrou móveis da casa, proferiu ofensas e a ameaçou com uma barra de ferro. Ela relatou que as agressões verbais e psicológicas eram recorrentes, mas que desta vez decidiu buscar ajuda.

Outro caso registrado no Tabuleiro dos Martins é de uma mulher que foi ameaçada e teve seus bens destruídos pelo companheiro. Segundo o boletim, ela só não foi novamente agredida fisicamente porque familiares intervieram. O agressor, embriagado, também foi levado à Central de Flagrantes.

No município de Paripueira, um homem, alterado e armado com uma faca, agrediu a esposa e ainda tentou atacar policiais que atendiam a ocorrência. A resistência à prisão foi tão intensa que a guarnição precisou utilizar balas de elastômero e gás de pimenta para contê-lo. Durante a confusão, a própria esposa do suspeito também agrediu um policial, resultando na prisão de ambos.

No bairro Clima Bom, em Maceió, mais uma mulher buscou socorro ao ser ameaçada de morte por um ex-companheiro, que ainda detinha a guarda irregular do filho do casal. A abordagem policial impediu que a situação evoluísse para algo ainda mais grave.

Além desses episódios, outros quatro casos semelhantes foram registrados, incluindo ameaças, agressões físicas e danos psicológicos contra mulheres. Em todos os casos, as autoridades realizaram as prisões e encaminharam as vítimas para as providências legais e, quando necessário, para atendimento médico.