Fraude no INSS: saiba se houve descontos indevidos nos seus benefícios
Aposentados e pensionistas foram vítimas de associações em um esquema que fazia descontos indevido nos benefícios pagos pelo INSS

Aposentados e pensionistas podem consultar se tiveram descontos indevidos no extrato de pagamentos dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), centro do escândalo de fraude de desvio de dinheiro.
A seguir, saiba como conferir algum tipo de desconto no contracheque e como pedir ressarcimento.
1- O primeiro passo é acessar o site ou aplicativo do Meu INSS, com login e senha.
2- Clique em “Consultar Benefício” e, em seguida, em “Extrato de Pagamento”.
3 - Confira o contracheque e busque por descontos de mensalidades associativas (“débito associação” ou “mensalidade associativa”).
4 - Amplie a busca e consulte os extratos entre 2019 e 2024.
5 - Caso seja um dos lesados, uma tabela informará o valor do desconto.
Ao identificar qualquer tipo de irregularidade, o beneficiário pode encerrar a adesão na plataforma Meu INSS.
1 - Primeiro, acesse o Meu INSS com login e senha.
2 - Escreva “mensalidade associativa” no campo de busca.
3 - Selecione a opção “Excluir mensalidade de associação ou sindicato no benefício”
4 - Clique em “Atualizar” e selecione “Avançar”. Em seguida, leia as instruções e avance.
5 - Informe os dados solicitados. Caso necessário, anexe documentos.
6 - Selecione a agência de relacionamento com o INSS e escolha “Avançar”.
7 - Por fim, confira as informações e selecione “Declaro que li e concordo com as informações acima”.
Vale destacar que os valores descontados em abril ficarão retidos, conforme informado pela Controladoria Geral da União (CGU), e serão devolvidos na folha de pagamento de maio – que vai de 26 de maio a 6 de junho.
Fraude no INSS
A “Farra no INSS” foi revelada pelo Metrópoles em uma série de reportagens, publicadas desde dezembro de 2023.
Mas o caso voltou aos holofotes após a Polícia Federal (PF) fazer uma megaoperação, chamada de Sem Desconto, em 23 de abril para investigar cobranças indevidas feitas por entidades em contas de pensionistas e aposentados do INSS.
A revelação do esquema derrubou nomes do primeiro escalão do governo federal, o então ministro da Previdência Social Carlos Lupi e o então presidente do INSS Alessandro Stefanutto — afastado e demitido do cargo no dia da operação da PF.
Entenda o caso
Em março de 2024, o Metrópoles revelou, a partir de dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), que 29 entidades autorizadas pelo INSS a cobrar mensalidades associativas de aposentados tiveram um salto de 300% no faturamento com a cobrança, no período de um ano, enquanto respondiam a mais de 60 mil processos judiciais por descontos indevidos.
A reportagem analisou dezenas de processos em que as entidades foram condenadas por fraudar a filiação de aposentados que nunca tinham ouvido falar nelas e, de uma para outra, passaram a sofrer descontos mensais de R$ 45 a R$ 77 em seus benefícios, antes mesmo de o pagamento ser feito pelo INSS em suas contas.
Após a reportagem, o INSS abriu procedimentos internos de investigação, e a Controladoria-Geral da União (CGU) e a PF iniciaram a apuração que resultou na Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quarta-feira.
As reportagens também mostraram quem são os empresários por trás das entidades acusadas de fraudar filiações de aposentados para faturar milhões de reais com descontos de mensalidade. Após a publicação das matérias, o diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, foi exonerado do cargo.
Nessa terça-feira (6), o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, afirmou que o processo de ressarcimento de aposentados e pensionistas, lesados por descontos indevidos, não será feito via Pix, mas diretamente na conta do benefício.
Ou seja, quem teve o dinheiro desviado receberá os valores por meio da conta na qual é repassado o benefício previdenciário. Dessa forma, o reembolso e o benefício serão depositados conjuntamente, em folha suplementar.
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