Mais de 50 veículos foram furtados de pátios do Detran e de locadoras em esquema investigado pela polícia
Detalhes foram dados durante coletiva da Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (30)
A Polícia Civil de Alagoas deu detalhes sobre a investigação do esquema sofisticado de furto de veículos retirados ilegalmente de pátios do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e de locadoras na capital alagoana. A ação, batizada de "Sem Limites", resultou na prisão de três suspeitos, que estariam entre os principais articuladores do esquema criminoso.
Segundo informações repassadas pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), os criminosos utilizavam documentação fraudulenta, como procurações falsificadas e selos cartorários forjados, para conseguir a liberação dos automóveis nos depósitos oficiais.
De acordo com o delegado Wladney José, responsável pela investigação, cerca de 50 veículos já foram desviados ou furtados, sendo parte desse total proveniente de locadoras de veículos.
A operação é resultado de uma apuração minuciosa que já identificou aproximadamente 50 pessoas sob investigação, entre elas terceirizados, despachantes, lojistas e autônomos, todos suspeitos de envolvimento direto ou indireto com o esquema. O delegado ressaltou que o número de pessoas indiciadas pode crescer conforme o inquérito avança.
"É uma trama complexa e multifacetada. A fraude envolvia uma cadeia de colaboradores que permitiam a retirada dos veículos com base em documentos forjados. Esses carros, então, eram revendidos de forma clandestina ou desviados para outros estados", explicou Wladney José.
A quadrilha possui atuação interestadual, com ramificações identificadas em São Paulo, Pernambuco, Sergipe e Bahia, e há indícios de que os líderes do grupo estejam atualmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. A Polícia Civil de Alagoas já trabalha em cooperação com outros estados para localizar e prender os demais envolvidos.
Até o momento, 27 veículos foram recuperados, alguns deles já recolhidos para o pátio da Delegacia Geral, no bairro Jacarecica, onde estão sendo periciados.
O delegado-geral Gustavo Xavier destacou que o combate à falsificação é parte fundamental da operação. "Trata-se de uma organização criminosa que se aproveitava da fragilidade na conferência de documentos. A fraude documental era o principal meio para o furto, o que torna o caso ainda mais grave", afirmou.
Os três presos na operação devem passar por audiência de custódia nas próximas horas. Eles são apontados como "comandos" do esquema, embora a Polícia acredite que outras lideranças ainda estejam foragidas.
As investigações continuam, e a expectativa é de que novas prisões sejam realizadas nos próximos dias.
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