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Bia Miranda e Gato Preto são alvos de operação contra 'jogo do tigrinho'

Polícia Civil do Rio de Janeiro mira 15 criadores de conteúdo por promoção ilegal de jogos de azar online

Por CNN 07/08/2025 09h09 - Atualizado em 07/08/2025 09h09
Bia Miranda e Gato Preto são alvos de operação contra 'jogo do tigrinho'
Gato Preto e Bia Miranda têm uma filha juntos - Foto: Instagram/Gato Preto

Os influenciadores Bia Miranda e Gato Preto estão entre os alvos de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, deflagrada na manhã desta quinta-feira (7), contra a promoção ilegal do conhecido "jogo do tigrinho".

A Operação Desfortuna é realizada pela DCOC-LD (Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro) e tem como alvo 15 influenciadores digitais que usam as redes sociais para divulgar o jogo.

Segundo a polícia, o objetivo é desarticular um esquema de promoção ilegal de jogos de azar online com indícios de lavagem de dinheiro e organização criminosa. As investigações foram desenvolvidas de forma conjunta com o GRA (Gabinete de Recuperação de Ativos) e com o Lab-LD (Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro) da Polícia Civil.

As diligências ocorrem no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Além de Bia Miranda e Gato Preto, são alvos também Jenny Miranda, que é mãe de Bia Miranda, e os influenciadores MauMau, Lorrany, Luiza, Micaell Santos, Nayala Duarte, Paola, Paulina Attaide, Rafael Buarque, Tailane Garcia, Tailon e Vanessa. A CNN tenta contato com as defesas dos alvos.

De acordo com a investigação, as postagens realizadas pelos investigados contêm promessas enganosas de lucros fáceis, com o intuito de atrair seguidores para essas plataformas de apostas, que são proibidas no país.

Conforme a polícia, foram identificados sinais claros de enriquecimento incompatível com a renda declarada pelos influenciadores, que ostentavam nas redes sociais estilos de vida luxuosos, com viagens internacionais, veículos de alto padrão e imóveis de alto valor. Relatórios de inteligência financeira do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) revelaram movimentações bancárias suspeitas que, somadas, ultrapassam R$ 4 bilhões.

Além da promoção de jogos ilegais, os investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada.

A estrutura seria usada para ocultar a origem ilícita dos recursos, caracterizando lavagem de dinheiro. A DCOC-LD também identificou conexões entre alguns envolvidos e indivíduos com antecedentes ligados ao crime organizado, o que elevou o grau de complexidade da investigação.