Quaest: 69% dizem que Eduardo Bolsonaro defende interesses próprios e da família
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (19) mostra ainda que 55% dos brasileiros consideram que Jair Bolsonaro (PL) está agindo mal no tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Para 46%, Lula age mal.

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (20) mostra que 69% dos brasileiros consideram que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defende interesses dele e da família Bolsonaro com sua atuação nos Estados Unidos. Para 23%, Eduardo defende os interesses do Brasil.
A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
A pesquisa perguntou para os entrevistados se "Eduardo Bolsonaro defende os interesses do Brasil ou o interesse dele e da família Bolsonaro". Veja os números:
Os interesses próprios dele e da família Bolsonaro: 69%;
Os interesses do Brasil: 23%;
Não sabem/Não responderam: 8%.
A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 13 a 17 de agosto. O levantamento ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, em 120 municípios do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
A pesquisa também mostra que 51% dos eleitores brasileiros desaprovam o governo Lula (PT), enquanto 46% aprovam. Ao considerar o limite da margem de erro, 1 ponto separa os indicadores, o que indica para a menor diferença desde janeiro de 2025, quando havia empate técnico: 49% desaprovavam o governo petista, enquanto 47%, aprovavam.
Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, a aprovação do governo melhorou por dois motivos. "A melhora na aprovação do governo Lula em agosto resulta da combinação de fatores econômicos e políticos. De um lado, a percepção de queda no preço dos alimentos trouxe alívio às famílias e reduziu a pressão sobre o custo de vida. Do outro, a postura firme de Lula diante do tarifaço imposto por Donald Trump foi vista como sinal de liderança e defesa dos interesses nacionais."
A pesquisa sobre a tarifa de Trump mostra que:
51% acreditam que interesses políticos de Trump motivaram tarifaço
71% consideram que Trump está errado ao impor tarifas por acreditar que há perseguição a Bolsonaro;
55% acham que Bolsonaro e Eduardo estão agindo mal diante do assunto
46% acham que Lula está agindo mal
77% dizem que as tarifas vão prejudicar suas vidas
Subiu para 67% o número de brasileiros que acham que o Brasil deve negociar
Caiu para 26% o número de brasileiros que consideram que o Brasil deve taxar os EUA
48% acham que Lula e o PT está fazendo o que é mais certo no embate
Notícia sobre o tarifaço
Segundo a Quaest, subiu o número de brasileiros que disseram saber da notícia sobre a carta de Trump a Lula anunciando a taxa de 50% ao país. Em julho, 66% sabiam da notícia. Agora, são 84%. Outros 16% responderam que não sabiam (eram 33% antes). Os que não responderam ou não sabiam responder não atingiram 1%.
Preço dos alimentos no Brasil
O levantamento mostra que 64% dos brasileiros consideram que o tarifaço vai aumentar o preço dos alimentos no país. Desde 6 de agosto, parte dos produtos brasileiros pagam taxa de 50%, a mais alta do mundo, para entrar nos EUA.
Ainda segundo o levantamento, 18% dos entrevistados acreditam que o tarifaço vai fazer os preços dos alimentos diminuírem no Brasil. Para 13%, os preços serão mantidos, e 5% não sabem ou não responderam.
Interesses políticos
A pesquisa Quaest mostra também que 51% dos entrevistados acreditam que interesses políticos de Trump provocaram o anúncio do tarifaço. Outros 23% consideram que a tarifa foi provocada pela defesa dos interesses comerciais americanos. Para 2%, motivos pessoais de Trump. Outros motivos, 2% também. E não responderam ou não sabem somam 22%.
Trump está errado
Para 71%, Trump está errado ao impor tarifas por acreditar que há perseguição a Bolsonaro (eram 72% em julho). Outros 21% consideram que ele está certo (19% em julho), e 8% não souberam ou não responderam (eram 9%).
Ação de Bolsonaro, Eduardo e Lula diante do tarifaço
O levantamento indica que 55% dos brasileiros consideram que tanto Jair Bolsonaro (PL) como Eduardo Bolsonaro estão agindo mal diante do tarifaço de Donald Trump ao Brasil. Já 46% consideram que Lula age mal frente às ações do presidente norte-americano.
O levantamento mostra que os números são mais negativos para a família Bolsonaro, que tem 31 pontos de desvantagem entre avaliação negativa e positiva, do que para Lula, que tem empate técnico entre os indicadores (46% responderam que Lula age mal e 44%, age bem).
Eduardo Bolsonaro
A pesquisa mostra que 69% dos brasileiros consideram que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defende interesses dele e da família Bolsonaro com sua atuação nos Estados Unidos. Para 23%, Eduardo defende os interesses do Brasil.
Lado certo
A maioria dos entrevistados (48%) respondeu que Lula e o PT estão do lado que mais faz o que é certo no embate sobre o tarifaço de Donald Trump, enquanto 28% responderam Bolsonaro e seus aliados. Para 15%, nenhum dos lados é o mais certo. Outros 9% não souberam ou não responderam.
Vida prejudicada
De acordo com a pesquisa, os brasileiros que consideram que o tarifaço vai prejudicar suas vidas foi de 79% em julho para 77% em agosto. Para 20%, não vai prejudicar (eram 17% em julho). Não souberam ou não responderam são 3% (eram 4% antes).
Negociar ou taxar?
A Quaest mostra também que subiu para 67% o número de brasileiros que acham que o Brasil deveria reagir às taxas dos EUA negociando. Em julho, eram 61% os que defendiam a negociação. Já os que acham que o Brasil deve taxar os EUA caiu de 31% em julho para 26% agora.
Qual lado está fazendo certo?
A pesquisa Quaest também quis saber dos entrevistados qual lado está fazendo o que é mais certo nesse embate de Trump com o Brasil. Para 48% dos entrevistados, Lula e o PT estão fazendo o que é mais certo. O número oscilou positivamente no limite da margem de erro: eram 44% em agosto.
Outros 29% afirmam que são Bolsonaro e seus aliados estão fazendo o mais correto (eram 29% em julho). Para 15%, nenhum dos dois lados está (15% em julho). Não souberam ou não responderam foram 12% para 15%.
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