PF cumpre mandado contra Silas Malafaia no Galeão por suspeita de obstrução de Justiça ligada à tentativa de golpe
Após ser abordado por agentes federais, Malafaia foi conduzido para uma área reservada do aeroporto, onde prestou depoimento
A Polícia Federal (PF) cumpriu, no início da noite desta quarta-feira (20), um mandado de busca pessoal e apreensão de celulares contra o pastor Silas Malafaia. A abordagem ocorreu no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, assim que o religioso desembarcou de um voo vindo de Lisboa, Portugal.
A medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da PET nº 14129, que investiga uma possível tentativa de obstrução de Justiça relacionada à trama golpista que teria sido articulada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Malafaia presta depoimento à PF
Após ser abordado por agentes federais, Malafaia foi conduzido para uma área reservada do aeroporto, onde prestou depoimento. Além da apreensão dos aparelhos celulares, ele foi submetido a medidas cautelares diversas da prisão, incluindo:
Proibição de deixar o país;
Proibição de manter contato com outros investigados no caso.
Atuação como "orientador", diz PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favoravelmente às ações, conforme parecer emitido no último dia 15. Para o procurador-geral Paulo Gonet, Silas Malafaia atuou como uma peça-chave na tentativa de interferência nas investigações.
Segundo Gonet, o pastor teria funcionado como “orientador e auxiliar” das ações de coação e obstrução promovidas por Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também investigados no caso.
Impõe-se concluir que estão associados no propósito comum, bem como nas práticas dele resultante, de interferir ilicitamente no curso e no desenlace da Ação Penal nº 2668, em que o ex-presidente figura como réu”, afirmou o procurador-geral.
Contexto da investigação
As medidas desta quarta-feira se somam ao avanço do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado e ações de desestabilização institucional. Mais cedo, a PF indiciou Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro por tentativa de obstrução de Justiça. Conversas extraídas de celulares apontam que Malafaia teria coordenado com o ex-presidente a divulgação de conteúdos para pressionar instituições públicas, mesmo após restrições impostas pela Justiça.
O caso segue sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes no STF.
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