Maioria considera prisão de Bolsonaro justa e vê provocação a Moraes em vídeo
Pesquisa mostra que 55% avaliam a prisão domiciliar do ex-presidente como justa e 39% como injusta

A maioria dos brasileiros considera justa a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal: 55% apoiam a medida, enquanto 39% a consideram injusta.
Questionados se "a prisão domiciliar de Bolsonaro é justa ou injusta?", os entrevistados responderam:
- Justa: 55%;
- Injusta: 39%;
- Não sabe/Não respondeu: 6%.
A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 13 e 17 de agosto.
A prisão de Bolsonaro foi determinada por Moraes no dia 4 de agosto. O ministro alegou que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares impostas junto da tornozeleira eletrônica, como não poder postar em redes sociais.
Consideram mais justa a prisão domiciliar de Bolsonaro quem se define esquerda, mas não é lulista (93%), que declaram voto em Lula no 2º turno de 2022 (84%), moradores do Nordeste (65%), tem renda familiar até 2 salários mínimos (62%), católicos (62%), pessoas com 16 a 34 anos (59%), mulheres (58%) e quem tem até o ensino fundamental completo (56%).
Já a maioria que classifica a medida como injusta é bolsonaristas (87%), quem declara voto em Bolsonaro no 2º turno de 2022 (83%) e evangélicos (57%).
Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, a avaliação de que a prisão domiciliar foi justa vem associada a outro fator: a percepção pública de que Jair Bolsonaro participou de um plano de tentativa de golpe.
"O curioso é perceber como ao longo do tempo esses dois lados foram se consolidando", diz. "Entre eleitores de centro é que se consolida a percepção de envolvimento de Bolsonaro no golpe (58%). Cada um dos lados defende uma posição, mas é o centro que define a vantagem contra a tese de incompreensão do ex-presidente".
Chamada de vídeo com apoiadores
Entre os argumentos para a decretar a prisão domiciliar, Alexandre de Moraes citou chamadas de vídeo feitas por Bolsonaro durante atos bolsonaristas pelo país no dia 3 de agosto. A maioria vê a ação como proposital para provocar o ministro.
Questionados "por que você acha que Bolsonaro participou da chamada de vídeo?", os entrevistados responderam:
Bolsonaro queria provocar Alexandre de Moraes, e fez isso de propósito: 57%;
Bolsonaro não compreendeu bem as regras impostas por Alexandre de Moraes e errou: 30%;
Não sabe/Não respondeu: 13%.
A pesquisa indica que 84% dos brasileiros sabem que Bolsonaro está em prisão domiciliar, enquanto 16% relataram a instituto que "ficou sabendo agora".
O levantamento questionou os entrevistados se eles consideram que Jair Bolsonaro participou do plano da tentativa de golpe e 52% responderam "sim", número que era 49% em março. Já 36% disseram "não", total que era de 35% na pesquisa anterior. Outros 10% não souberam ou não responderam (eram 15%).
Os entrevistados também responderam se sabiam que Bolsonaro está sendo julgado no Supremo — o julgamento está marcado para começar no dia 2 de setembro. Foram 86% de respostas "já sabia", enquanto 14% disseram que "ficou sabendo agora".
O público ciente do processo aumentou, já que era de 73% em março deste ano. Já aqueles que não sabiam caiu 13 pontos frente aos 27% registados no levantamento anterior.
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