Justiça

Audiência de instrução do caso Ana Beatriz levanta suspeita de participação de mais envolvidos no crime

Investigações prosseguem e a audiência de instrução é considerada uma etapa fundamental no caminho para o Júri Popular

Por Lane Gois 11/09/2025 17h05 - Atualizado em 11/09/2025 18h06
Audiência de instrução do caso Ana Beatriz levanta suspeita de participação de mais envolvidos no crime
As investigações prosseguem, e a audiência de instrução é considerada uma etapa fundamental no caminho para o Júri Popula - Foto: Reprodução

A audiência de instrução do caso da adolescente Ana Beatriz Moura, de 15 anos, encontrada morta em uma fossa em uma chácara no bairro Guaxuma, em Maceió, quase um mês após desaparecer, foi realizada nesta quarta-feira (11) no Fórum Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro. O objetivo da sessão foi ouvir testemunhas e reunir novos elementos para embasar o julgamento do principal acusado, que segue preso preventivamente.

A primeira a prestar depoimento foi Jaciele Moura, prima da vítima. Durante o relato, ela levantou dúvidas sobre a versão apresentada até agora pela investigação, sugerindo que o suspeito não teria agido sozinho.

“Ela era alta, forte, tinha conhecimento de defesa pessoal. Não é possível que ele tenha feito isso sozinho”, afirmou Jaciele, ao destacar que a família acredita na participação de outras pessoas, incluindo a esposa do acusado.

Segundo a prima, a família teve acesso a uma pasta trancada no celular de Ana Beatriz, onde foram encontrados prints de conversas com ameaças, algumas delas enviadas pela companheira do suspeito. “Ela dizia: ‘você sabe sim o que você merece’”, revelou Jaciele em entrevista a uma emissora de TV local.

Para os familiares, essas mensagens reforçam a suspeita de que Ana Beatriz já vinha sendo alvo de intimidações antes do crime.

Além de Jaciele, outras testemunhas ainda serão ouvidas, entre elas vizinhos, familiares próximos e o namorado da vítima. A esposa do acusado também prestará depoimento. A expectativa é que os relatos ajudem a compor um quadro mais detalhado sobre os acontecimentos que antecederam a morte da adolescente.

Ao encerrar seu depoimento, Jaciele reforçou o pedido de responsabilização de todos os envolvidos. “Queremos Justiça por Bia. Isso não pode terminar com apenas uma condenação, quando há indícios claros de que mais pessoas participaram ou sabiam do que estava prestes a acontecer”, declarou.

As investigações prosseguem, e a audiência de instrução é considerada uma etapa fundamental no caminho para o Júri Popular.

*Estagiário sob supervisão