Cibele Moura propõe criação de ambulatórios e protocolo clínico para diagnóstico e tratamento da doença celíaca em Alagoas
As medidas propostas representam um passo essencial para dar visibilidade ao tema e oferecer condições adequadas de acompanhamento à população

A deputada estadual Cibele Moura apresentou duas indicações na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE/AL) voltadas à ampliação da rede de atenção à saúde para pacientes com doença celíaca. Os pedidos foram encaminhados ao governador e ao secretário de Estado da Saúde.
A primeira indicação, de número 1899/2025, solicita a criação de ambulatórios de referência para diagnóstico e tratamento da doença celíaca no Estado. Já a segunda, de número 1900/2025, propõe a instituição de um Protocolo Clínico Estadual específico para a condição, com diretrizes para diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes atendidos pela rede pública.
A doença celíaca é uma condição autoimune desencadeada pela ingestão de glúten — proteína presente no trigo, centeio e cevada — que provoca inflamação crônica no intestino delgado, prejudicando a absorção de nutrientes e impactando de forma significativa a saúde. Embora a dieta rigorosamente isenta de glúten seja o único tratamento eficaz, a ausência de diagnóstico precoce pode resultar em complicações graves, como osteoporose, infertilidade, abortos de repetição, distúrbios neurológicos e até mesmo linfomas intestinais.
Estudos apontam que cerca de 1% da população mundial seja celíaca, mas a maioria desconhece o diagnóstico. No Brasil, isso corresponde a aproximadamente 2 milhões de pessoas, sendo que 80% delas não sabem que têm a doença. Em Alagoas, a falta de ambulatórios públicos especializados agrava a invisibilidade do problema e reforça a necessidade de políticas públicas estruturadas.
“O Ministério da Saúde já reconhece a importância do diagnóstico e do acompanhamento multiprofissional por meio do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Doença Celíaca, instituído pela Portaria nº 1149/2015. No entanto, em Alagoas, ainda não temos serviços de referência no SUS para atender esses pacientes, o que aumenta o risco de complicações e sobrecarga no sistema”, destacou Cibele Moura.
Em maio de 2025, entidades como a Associação dos Celíacos do Brasil em Alagoas (Acelbra-AL), a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed-AL) e o SAG promoveram, no Maceió Shopping, o “Dia D da Doença Celíaca”, reforçando a importância da conscientização sobre sintomas, riscos e diagnóstico precoce. Durante o evento, foi lembrado que cerca de 80% dos celíacos ainda não foram diagnosticados em Alagoas, cenário semelhante ao do restante do país.
Para a deputada, as medidas propostas representam um passo essencial para dar visibilidade ao tema e oferecer condições adequadas de acompanhamento à população. “É urgente a criação de uma rede de atenção estruturada, com ambulatórios de referência e protocolos clínicos específicos, garantindo dignidade e qualidade de vida para milhares de alagoanos que convivem com a doença celíaca”, afirmou.
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