Justiça

Júri condena genro a 31 anos de prisão por matar sogra e esconder corpo em geladeira

Júri rejeita tese de legítima defesa e define pena rigorosa para réu

Por 7Segundos 20/10/2025 19h07 - Atualizado em 20/10/2025 21h09
Júri condena genro a 31 anos de prisão por matar sogra e esconder corpo em geladeira
Tribunal do Júri da Capital julgou nesta segunda-feira (20) o caso que envolveu o assassinato de Flávia dos Santos Carneiros, com Leandro Araújo condenado - Foto: Claudemir Mota / ASCOM MP

O Tribunal do Júri da Capital condenou, nesta segunda-feira (20), Leandro dos Santos Araújo, 23 anos, a 31 anos, cinco meses e cinco dias de prisão em regime fechado pelo homicídio da sogra, Flávia dos Santos Carneiros, ocorrido em março de 2024. O pai do réu, Ademir da Silva Araújo, que respondia por participação na ocultação do corpo, foi absolvido pelos jurados.

Segundo as investigações, Flávia foi morta com cerca de 20 facadas, principalmente no pescoço, após uma discussão com Leandro no dia 1º de março de 2024. O corpo da vítima foi escondido dentro de uma geladeira na casa onde ela morava, permanecendo ali por quatro dias. No dia 5 de março, Leandro e seu pai descartaram o eletrodoméstico em uma área de vegetação no bairro de Guaxuma.

O julgamento


Durante o julgamento, o Ministério Público, representado pelo promotor Marcus Mousinho, apresentou a acusação de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e feminicídio, além do crime de ocultação de cadáver.

Testemunhas, incluindo policiais e o motorista que transportou a geladeira, detalharam a ação de ocultação do corpo. Leandro tentou se defender alegando legítima defesa, mas o laudo pericial indicou que as lesões sofridas por ele eram superficiais e não corroboravam sua versão.

O promotor reforçou que a vítima foi imobilizada antes de ser assassinada e que as facadas, muitas pelas costas, contradiziam a alegação de defesa própria.

Ao final do julgamento, o conselho de sentença rejeitou a defesa de legítima defesa e condenou Leandro à pena de 31 anos, cinco meses e cinco dias de prisão, a ser cumprida em regime fechado, conforme decisão do juiz Geraldo Amorim.

Ademir da Silva Araújo, pai do réu, que admitiu ter ajudado no descarte da geladeira, foi absolvido pelos jurados, que entenderam que ele agiu apenas para proteger o filho.