Saúde

Cobertura vacinal contra a poliomielite em Maceió permanece abaixo da meta

Baixa imunização preocupa autoridades e acende alerta

Por 7Segundos 23/10/2025 18h06 - Atualizado em 23/10/2025 19h07
Cobertura vacinal contra a poliomielite em Maceió permanece abaixo da meta
Vacinação - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Nesta sexta-feira (24) é celebrado o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, data que reforça a importância da vacinação, diante dos baixos índices de imunização registrados nos últimos anos. Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ao 7Segundos mostram que, em Maceió, a cobertura contra a polio continua abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.

Em 2024, a vacinação injetável (VIP) atingiu 83,74% do público-alvo, enquanto a vacina oral (VOP) alcançou 80,80%. Até 1º de agosto de 2025, a VIP foi aplicada em 81,86% do público-alvo, deixando crianças e jovens vulneráveis à poliomielite — doença controlada, mas que pode ressurgir em regiões com vacinação insuficiente.

A partir de novembro de 2024, a SMS adotou um novo esquema vacinal preconizado pelo Ministério da Saúde, que substitui as duas doses de reforço da VOP por uma dose da VIP. Com isso, todo o esquema vacinal contra a poliomielite agora é realizado exclusivamente com a vacina inativada, aplicada por via injetável.

O calendário completo para crianças de 2 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) prevê quatro doses: a primeira aos 2 meses, a segunda aos 4 meses, a terceira aos 6 meses e o reforço aos 15 meses.

Sobre a Poliomielite

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito, que ocorre em aproximadamente 1% das infecções causadas pelo poliovírus. Sua transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (objetos, alimentos e água contaminados), ou pela via oral-oral(ao falar, tossir ou espirrar).

O último caso de infecção pelo poliovírus no Brasil ocorreu em 1989. O País está há 34 anos sem a doença e contabiliza 47 anos de sucesso de uso da VOP.