Deputados estaduais divergem sobre cota para pessoas trans aprovada pela Ufal
Parlamentares ligados à direita apontam que políticas afirmativas promovem segregação
A criação de cotas para pessoas trans pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), nessa terça-feira (4), causou divergências entre deputados estaduais. Durante sessão ordinária, Cabo Bebeto (PL), Francisco Tenório (PP) e Ronaldo Medeiros (PT) debateram sobre o tema.
O deputado Cabo Bebeto manifestou repúdio à decisão do Conselho da Ufal, que aprovou a criação de cotas para pessoas trans no vestibular de 2026.
"O Consuni decidiu que haverá vagas exclusivas para trans na Ufal. Isso é um absurdo!", afirmou o parlamentar, fazendo paralelo com caso recente da turma exclusiva para o MST no Pernambuco, afirmando que ações como essa segregam a população. Além de questionar a composição do Conselho, o deputado levantou dúvidas: "Como comprovar que é trans? Vai mostrar atestado médico? Dará margem para fraudes, como ocorreu com cotas raciais".
O deputado Francisco Tenório endossou as falas de Bebeto e se declarou contra políticas de cotas baseadas em orientação sexual ou identidade de gênero.
"Por que cota para transexuais? Eles são menos inteligentes, menos preparados? Não têm as mesmas oportunidades que homossexuais ou heterossexuais? Não tem sentido políticas de cota por opção sexual. Sou contra cotas para gays, héteros, homossexuais, transexuais ou qualquer pessoa do LGBTQIA+", disse.
Contrapondo os colegas, o deputado Ronaldo Medeiros se posicionou em defesa das políticas de cotas.
“As cotas são importantíssimas para fazer justiça a parcelas da sociedade sempre discriminadas. Negros raramente aparecem em tribunais ou parlamentos. Quem estuda em escola pública não tem oportunidade de comprar livros ou fazer cursos", argumentou o petista.
"Segregar é tratar pessoas diferentes como iguais", seguiu ele, explicando sobre a lógica das cotas rurais, já que o curso de medicina para movimentos agrários, em Pernambuco, atende filhos de agricultores sem condições de concorrer em igualdade. "Estes jovens voltarão para assentamentos e cidades pequenas, onde médicos não querem trabalhar", finalizou Medeiros.
A criação de cotas para pessoas trans foi aprovada por unanimidade em uma reunião realizada on-line nessa terça-feira.
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