Política

Deputado do PT flagrado trocando socos em Curitiba se manifesta

Deputado Renato Freitas relata ataque de motorista e classifica episódio como violência racial e tentativa de intimidação

Por Metrópoles 20/11/2025 08h08 - Atualizado em 20/11/2025 09h09
Deputado do PT flagrado trocando socos em Curitiba se manifesta
Imagens mostram o parlamentar vestindo uma blusa amarela e partindo para cima de um homem de preto - Foto: Reprodução/Vídeo e Reprodução/Câmara de Curitiba

O deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) se pronunciou, nesta quarta-feira (19), após a divulgação de um vídeo em que aparece trocando chutes e socos com um homem no centro de Curitiba. As imagens, registradas no início da manhã, mostram o parlamentar vestindo uma blusa amarela e partindo para cima de um homem de preto.

No vídeo, Freitas chega a desferir dois chutes contra o oponente, mas é atingido por um soco e cai na rua. Logo após o golpe, o nariz do deputado começa a sangrar. Também é possível ouvir provocações trocadas entre os dois, como: “Você não é o gatão?” e “Você não é o famosinho?”.

Em pronunciamento publicado nas redes sociais em formato de vídeo, o deputado afirmou ter sido alvo de agressão racista enquanto caminhava com uma amiga, também negra, em Curitiba.

No vídeo, ele relatou que, desde a infância, convive com episódios de discriminação. Segundo ele, “nunca aprendeu a aceitar calado a violência que tentaram naturalizar” em sua vida.

O parlamentar contou que o episódio ocorreu quando atravessava a rua e um motorista teria jogado o carro em sua direção. “Eu só olhei, não gesticulei e não falei nada. Ele abaixou o vidro e já veio perguntando: ‘Tá olhando o quê, cara?’, e começou a me xingar”, afirmou.

Segundo Freitas, o homem saiu do carro e avançou para iniciar a briga. Em seguida, o motorista passou a segui-los, enquanto filmava “para tentar criar uma situação e gerar visualizações”. O deputado afirmou ter reagido para se defender até conseguir imobilizar o homem.

O parlamentar declarou, ainda, que não pretende se apresentar como vítima ou agressor, mas questionou a motivação do ataque. “Qual a razão de alguém descer do carro, no meio do nada, para partir para cima de outra pessoa?”, afirmou.