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Consumo deve crescer na Copa e impulsionar serviços e casas de aposta

Pesquisas mostram previsões dos hábitos de consumo para a Copa de 2026

Por 7Segundos 24/11/2025 14h02 - Atualizado em 24/11/2025 14h02
Consumo deve crescer na Copa e impulsionar serviços e casas de aposta
Tendência é crescimento de serviços e maior impacto das casas de aposta - Foto: Matheus Câmara da Silva/Unsplash

Os preparativos para a Copa do Mundo de 2026 já movimentam diferentes segmentos da economia brasileira. Um levantamento realizado pela Data-Makers, encomendado pelo Resenha Digital Clube, indica que 71% dos brasileiros pretendem consumir mais produtos e serviços durante o torneio, com destaque para alimentos, bebidas e lazer fora de casa.

De acordo com reportagem da Exame, snacks, chocolates, carnes e bebidas lideram as intenções entre os itens mais procurados. Ao mesmo tempo, 76% dos entrevistados afirmam que devem frequentar bares e restaurantes para assistir aos jogos.

Nesse cenário, a busca por casas de aposta aparece entre os comportamentos esperados, acompanhando o avanço desse mercado no país. Além das expectativas de consumo para 2026, dados de estudos anteriores ajudam a contextualizar a participação do público brasileiro em atividades relacionadas ao futebol.

Um levantamento realizado com base nos registros de uma casa de aposta durante a Copa do Mundo de 2022 mostra que os apostadores priorizaram mercados simples e pré-jogo, exploraram apostas múltiplas e ampliaram o uso de dispositivos móveis para acompanhar partidas e realizar operações durante os jogos.

As interações digitais foram relevantes, e a presença das seleções mais tradicionais influenciou diretamente a escolha dos torcedores. A análise aponta que o comportamento do usuário combina conhecimento sobre o esporte e interesse crescente por modalidades oferecidas pelas casas de aposta.

Projeto de “bet da Caixa” é suspenso


O avanço desse mercado no Brasil também motivou tentativas de expansão por parte de instituições públicas. A Caixa Econômica Federal iniciou a criação de sua plataforma própria, conhecida como “bet da Caixa”, com previsão de operação em 2026 e expectativa de arrecadar até R$ 2,5 bilhões no primeiro ano.

Entretanto, a iniciativa enfrentou forte rejeição nas redes sociais e gerou desgaste político. Um monitoramento da Ativaweb registrou que 81,4% das menções ao lançamento foram negativas, com críticas relacionadas principalmente a questões éticas e à divergência entre discurso e prática governamental. Após questionamentos públicos, o governo determinou a suspensão do projeto.

Arrecadação federal com as bets


Enquanto a proposta da Caixa não avança, a arrecadação federal relacionada às bets segue em expansão. Dados da Receita Federal mostram que o governo obteve cerca de R$ 6,8 bilhões em 2025 com tributos incidentes sobre apostas de quota fixa, aumento superior a 17.000% em comparação ao ano anterior.

A variação decorre principalmente de mudanças regulatórias que modificaram a forma de recolhimento. A participação das casas de aposta no volume de tributos arrecadados reforça a dimensão alcançada por esse setor e explica o interesse de agentes públicos e privados em sua regulamentação.

O cenário projetado para a Copa de 2026 combina crescimento do consumo, digitalização de serviços e ampliação do mercado de apostas. As pesquisas indicam que o comportamento do torcedor tende a se intensificar durante o torneio e que setores vinculados ao futebol, incluindo as casas de aposta, devem registrar aumento na procura.