Ritmo do maracatu Baque Alagoano e sarau de poesias marcam último encontro de 2025 do Expresso Leitura
Encontro ocorreu no MP Comunitário, no bairro Vergel do Lago
Foi no ritmo do maracatu Baque Alagoano, expressão musical forjada na ancestralidade, luta, resistência e raízes da cultura negra alagoana, que os participantes se reuniram para o último ato de 2025 do projeto “Expresso Leitura – Livros em Movimento”, promovido por uma parceria entre o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) e a Defensoria Pública Estadual (DPE).
O encontro, na sede do MP Comunitário, no Vergel do Lago, em Maceió, também foi marcado por um sarau de poesias, no qual os integrantes, muitos deles pessoas em situação de rua, se esforçaram para juntar as palavras, perder o medo de falar em público e dar sentido a versos que falam sobre ganância, correria, acúmulo de bens materiais e a efemeridade da vida.
Promotora de Justiça com atribuição em Defesa dos Direitos Humanos, Alexandra Beurlen, que coordenadora do projeto pelo MPAL, enfatizou que trabalhar a literatura como inclusão produtiva ajuda a dar mais sentido à vida dos participantes.
“A inclusão produtiva por meio da arte, de modo geral, abre possibilidades, expande as experiências sensoriais e sociais desse público. Por isso, contamos com a participação do grupo de maracatu Baque Alagoano, que veio aqui fazer uma demonstração de vários instrumentos”, assinalou a promotora.
“Através dessa iniciativa, acreditamos que estamos contribuindo para fortalecer a cidadania e os direitos humanos, fortalecendo sonhos e projetos de pessoas em situação de vulnerabilidade”, acrescentou a promotora de Justiça Alexandra Beurlen.
Representante da Defensoria Pública Estadual (DPE) e também coordenador do projeto, o defensor Isaac Souto aproveitou para agradecer a todos os parceiros, voluntários e servidores dos dois órgãos que ajudam a implementar o projeto em 2025.
Durante a demonstração, os integrantes do Baque apresentaram os instrumentos alfaia, gonguê, agogô, agbê, caixa e permitiram que o público tivesse a experiência de usá-los. Quem aproveitou a oportunidade foi Álvaro Roberto de Oliveira. “O maracatu é bastante conhecido e é muito bom para nós e eu tô muito feliz de ter participado. Queria aprender muito mais. Sinto alegria ouvindo a música, que representa o Brasil, dá vontade de tocar, de tudo”, declarou.
“O maracatu representa luta e esperança, pois, por muito tempo, foi um ritmo silenciado. A arte é bela, é inclusiva, todos são convidados para participar. O intuito é integrar, ser feliz, se expressar emoções”, ressaltou Larisse Cavalcante, uma das integrantes do Baque Alagoano.
“A música é espiritualidade, mexe com o corpo, alma, espírito”, adicionou Sebastião Severo da Silva, um dos participantes do “Expresso Leitura – Livros em Movimento”.
Os encontros do projeto “Expresso Leitura” acontecem a cada 15 dias, na Rua Marquês de Pombal, no Vergel do Lago, e seguem com espaço aberto para qualquer pessoa em situação de vulnerabilidade com interesse por leitura e educação por direitos.
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