Justiça

Gerente financeira de quadrilha que aplicava golpes em lotéricas é trazida para Maceió após prisão

Organização criminosa causou prejuízo superior a R$ 1 milhão em Alagoas; ex-jogador do Botafogo está entre os investigados

Por 7Segundos 23/12/2025 16h04 - Atualizado em 23/12/2025 16h04
Gerente financeira de quadrilha que aplicava golpes em lotéricas é trazida para Maceió após prisão
Operação Sorte de Areia investiga fraude milionária e tem jogador internacional entre os foragidos - Foto: Divulgação/PC-AL

A gerente financeira de uma organização criminosa investigada por aplicar golpes em casas lotéricas de vários estados brasileiros foi presa. A confirmação da prisão foi feita pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL) na tarde desta terça-feira (23).

De acordo com as investigações, o grupo se passava por proprietários de casas lotéricas para enganar funcionários e convencê-los a realizar pagamentos de boletos falsos. Apenas em Alagoas, o prejuízo causado pelo esquema já ultrapassa R$ 1 milhão.

Além da gerente financeira, outro integrante da organização também foi capturado. Os dois chegaram a Maceió já detidos, na noite da segunda-feira (22).

As prisões fazem parte da Operação Sorte de Areia, deflagrada no início de dezembro, quando forças de segurança de Alagoas, Goiás, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro cumpriram 21 mandados judiciais, incluindo seis de prisão preventiva. Todas as ordens foram expedidas pela 7ª Vara Criminal da Capital.

Entre os alvos da operação está o jogador de futebol Daniel Costa Félix, de 28 anos, que passou pelas categorias de base do Botafogo e atua como lateral-direito. Ele possui contrato vigente com um clube da Eslováquia até 2028.

Segundo a polícia, o atleta teria participação direta no esquema, sendo responsável pela falsificação dos boletos e pela intermediação da comunicação entre os laranjas e os líderes da quadrilha.

O dinheiro obtido com os golpes era inicialmente depositado em contas de terceiros e, depois, distribuído entre os integrantes da organização. Para dificultar o rastreamento, os valores passavam por diversas transações financeiras antes de serem concentrados nas contas dos principais articuladores do esquema.