MP investiga irregularidades na prestação de contas de 2016 no Cras de Porto Calvo
De acordo com o MP, documentos públicos foram retirados da Secretaria de Assistência Social por pessoas ligadas à gestão anterior.
Atulizado às 12h04
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) deve investigar indícios de irregularidades na prestação de contas do cofinanciamento estadual do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município de Porto Calvo, região Norte de Alagoas, referente ao ano de 2016. A portaria foi assinada em 14 de abril e publicada nesta sexta-feira (04) no Diário Oficial do Estado (DOE). Ela tem a assinatura do promotor de Justiça Adriano Jorge Correia de Barros Lima.
O procurador do município Abelardo Prado Neto disse que a atual gestão vai colaborar com as investigações. “O prefeito David Pedrosa vai dar total apoio as investigações, disponibilizando inclusive documentos que o Ministério Público precisar”, declarou o procurador. “O prefeito David Pedrosa não é alvo da investigação”, reforçou também.
Segundo o MP, documentos públicos foram retirados da Secretaria de Assistência Social à época por pessoas ligadas à gestão anterior e não houve devolução, o que acarretou a falta de prestação de contas e possível perda patrimonial decorrente de transferências de natureza fundo a fundo.
Ainda de acordo com o MP, a investigação foi aberta em março. O objetivo da investigação do Ministério Público é a identificação dos responsáveis pela ocultação dos documentos. O promotor Adriano Jorge Correia de Barros Lima vai procurar a investigação anterior e solicitar a documentação que compprove tal prestação de contas. Depois da investigação, dependendo do que for mostrado, o promotor vai adotar os procedimentos cabíveis.
O MP diz ainda que o atual prefeito de Porto Calvo, David Pedrosa (MDB) deverá prestar informações sobre o secretário de Assistência Social anterior do município. O nome dele não foi citado na publicação.
A atual secretária da pasta Gisélia Pedrosa também deverá ser ouvida pelo Ministério Público. A procuradoria do município também disse que a atual secretária vai colaborar com o MP. A promotoria requisitou ainda à Polícia Civil a abertura de inquérito, a fim de apurar o suposto crime.