Temer telefona para Bolsonaro e diz que Brasil precisa de governo de 'paz' e 'harmonia'
Presidente fez um pronunciamento na noite deste domingo (28) após o TSE confirmar a eleição de Jair Bolsonaro (PSL)
O presidente Michel Temer fez um pronunciamento na noite deste domingo (28) no qual informou ter telefonado para o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
No pronunciamento, Temer afirmou ter dito a Bolsonaro que o Brasil precisa de um governo de "paz" e "harmonia".
"Acabei de cumprimentar o presidente eleito, Jair Bolsonaro. Pude perceber o seu entusiasmo não só quando conversou comigo, como, agora, quando fez declarações que buscam exatamente a unidade do país, buscam a pacificação do país, buscam a harmonia do país", declarou Temer neste domingo.
Ainda no pronunciamento, o presidente disse que "gostou" do resultado porque foi a "manifestação da soberania popular".
Segundo Temer, ficou acertado que a transição de governo começará nesta semana.
A posse de Bolsonaro como 38º presidente da República será em 1º de janeiro de 2019, em Brasília. O mandato vai até 31 de dezembro de 2022.
Conforme a legislação, o presidente eleito tem direito a uma equipe de transição com até 50 pessoas com cargos comissionados.
De acordo com Temer, no telefonema, os dois não conversaram sobre a reforma da Previdência. Mas o presidente disse que, quando conversar novamente com Bolsonaro, oferecerá ao presidente eleito a ideia de dar andamento à proposta em tramitação na Câmara.
Eleição de Bolsonaro
Disputando a presidência pela primeira vez, Bolsonaro derrotou Fernando Haddad (PT) no segundo turno.
De acordo com a apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com 99,9% das urnas apuradas, Bolsonaro havia recebido 57,7 milhões de votos (55,14%).
Logo após a confirmação do resultado, pelo TSE, Bolsonaro fez um pronunciamento na casa dele, no Rio de Janeiro, no qual disse que fará um governo "defensor da Constituição, da democracia e da liberdade"
Bolsonaro é capitão da reserva e deputado federal desde 1991. Atualmente filiado ao PSL, o presidente eleito tem 63 anos e conseguiu apoio com discurso conservador e de que não é político tradicional.