Marx Beltrão: “Passagem rápida, mas desastrosa para a Educação”, sobre Vélez
Parlamentar diz que a demissão do ministro demorou a acontecer
Colecionador de declarações polêmicas e ações bastante questionadas à frente do Ministério da Educação, o ministro Ricardo Vélez teve sua demissão anunciada nesta segunda-feira, 8 de abril. A permanência de Vélez no cargo tornou-se insustentável desde que compareceu à audiência pública da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados duas semanas atrás. O titular da pasta foi bastante criticado por não conseguir responder aos questionamentos dos parlamentares.
Coordenador da bancada de Alagoas e membro da comissão, o deputado federal Marx Beltrão (PSD-AL) diz que a demissão do ministro demorou a acontecer.
“Antes de comparecer à Comissão de Educação, já havia motivos mais que suficientes para que o ministro deixasse o cargo. Foi uma série de trapalhadas, trocas consecutivas na equipe que mal havia começado e, claro, não ter apresentado um programa, um projeto de verdade para a Educação, em três meses no cargo”, afirma.
O alagoano avalia que essas semanas que o ministro ainda seguiu no cargo só acentuou a crise na pasta e colocou em risco a realização do Enem, uma das principais atribuições da Educação.
“Até o Enem estava ameaçado com essa gestão desastrada. Imagine, cerca 5,5 milhões de estudantes brasileiros, que lutam por uma vaga no ensino superior, poderiam ser diretamente prejudicados. É muito grave. A passagem foi rápida, mas desastrosa para a Educação. Espero que a nova gestão dê respostas rápidas”, observa Marx.
O substituto de Vélez, anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro, será o professor Abraham Weintraub.