Segurança

Governo de AL institui o da Dia Policial Feminina em homenagem as militares

Lei nº 8.118 foi sancionada e dedica o dia 28 de novembro às mulheres que integram a PM-AL

Por Agência Alagoas 09/07/2019 15h03
Governo de AL institui o da Dia Policial Feminina em homenagem as militares
Mulheres correspondem a 20 por cento dos novos soldados recém formados - Foto: Agência Alagoas

Atualmente 990 mulheres, sejam praças ou oficiais, integram a Polícia Militar do Estado de Alagoas. Desde o final da década de 1980 elas reforçam as fileiras da Briosa e estão presentes nas unidades operacionais e nos diversos setores da capital e interior. Da ativa ou da reserva remunerada, elas têm história, força, coragem e acabam de ganhar um dia para homenageá-las.

Por meio da Lei nº 8.118, sancionada pelo governador Renan Filho em 21 de junho de 2019, 28 de novembro fica instituído como Dia da Policial Feminina do Estado de Alagoas. A data remete ao dia de formatura da primeira turma de policiais femininas no Estado.

“A policial feminina trouxe características bem específicas para a Corporação e tem uma grande importância para a nossa instituição. Seja na atividade fim ou na atividade meio, comandando ou sendo comandadas, elas sempre empregam disciplina e comprometimento na execução do serviço policial, tradicionalmente marcado pela força física dos homens. Muitas delas, além de policiais são mães, filhas, cuidam do lar e assumem tantas outras funções. O papel da polícia feminina é relevante. Uma data dedicada a elas representa uma merecida homenagem e, mais do que isso: um justo reconhecimento”, comentou o comandante-geral, coronel Marco Sampaio.  

A notícia foi bem recebida pela tropa, sobretudo pelas homenageadas. “Instituir um dia e dedicá-lo à policial feminina na PM-AL é muito importante. A escolha da data também é louvável, afinal, foi graças à primeira turma de policiais femininas do Estado que uma nova era começou. Elas chegaram para mudar um ambiente que era exclusivamente masculino, e abriram caminhos pra que nós mulheres pudéssemos realizar o sonho de hoje integrar e honrar essa instituição que é forte e aguerrida”, comemorou a soldado Isabelle Cavalcanti, que serve à Briosa desde 2016 e hoje integra o efetivo do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).

Para a major Danielli Assunção, que hoje comanda policiais masculinos e femininos para, assim, proteger outras mulheres, o sentimento é de muita alegria: “Foi um gesto de reconhecimento do senhor governador em nos dar essa oportunidade de termos um dia tão e somente nosso, enaltecendo e valorizando ainda mais a nossa gigante missão de servir à sociedade alagoana”, enfatizou a major que comanda a Patrulha Maria da Penha ? trabalho em parceira com a Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh), especializado no atendimento de mulheres sob medida protetiva, vítimas de violência doméstica.

Para a oficial, trata-se da valorização de uma categoria que trouxe um diferencial: o olhar aguçado próprio da intuição feminina e outros tantos atributos. “Tudo que nos faz ter um reconhecimento a mais permite que a nossa missão seja observada em pé de igualdade com os demais profissionais”, finalizou a comandante da Patrulha, que vivencia os desafios de ser mulher na PM desde 1994.  

História

O ingresso da figura feminina na PM de Alagoas data de 1988. As pioneiras ao oficialato foram enviadas para se qualificarem nos estados de Pernambuco e Minas Gerais, retornando no ano de 1990 para exercerem suas funções na segurança pública. À época, ainda não havia Academia de Polícia em Alagoas.  

No ano de 1989, um grupo de 35 mulheres participou do Curso de Formação de Soldados Femininos (CFSd Fem). Outras 11 guerreiras concluíram o Curso de Formação de Sargentos Femininos (CFS Fem). Era a primeira vez que cursos, neste formato, ocorriam em terras alagoanas ? tornando-se um marco na história da Corporação.  

Atualmente, o ingresso das pfem’s (como são chamadas as policiais femininas) se dá por meio de concurso público e elas recebem a formação (seja praça ou oficial) passando pelos mesmos treinamentos e instruções que seus pares masculinos.   

Em 2018, quando a turma oriunda do último certame concluiu o CFP (Curso de Formação de Praças), de um universo de 945 novos soldados, 20% eram do sexo feminino. Já o Curso de Formação de Oficiais (CFO) que está em andamento, conta com 49 cadetes. Destes, em 2020,  duas novas aspirantes a oficial estarão servindo à população em 2020.