Desmatamento da Amazônia aumentou 15% no acumulado em 12 meses, diz instituto
Considerando o período entre janeiro e julho, o total da área desmatada foi de 3.348 km²
O desmatamento da Amazônia aumentou 15% no acumulado de agosto de 2018 a julho de 2019 em comparação com total registrado nos 12 meses anteriores. Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que não é ligado ao governo. A área desmatada nos últimos 12 meses chegou a 5.054 km².
O sistema do Imazon utiliza na medição o período entre agosto e julho da mesma forma que o Prodes, sistema oficial usado pelo governo federal para monitorar o desmatamento da Amazônia.
De acordo com especialistas, o intervalo começa em agosto de um ano e termina no ano seguinte para que se possa abranger melhor as épocas de chuva e seca na região, que podem influenciar na ação de queimadas ou extração de árvores.
Levando em conta apenas o período entre janeiro e julho de 2019, o total da área desmatada, segundo o SAD, foi de 3.348 km². Isso representa uma variação de -0,41% em relação aos mesmos meses de 2018.
Julho teve maior aumento
Se considerado somente o último mês de julho, o desmatamento da Amazônia Legal foi 66% maior do que em julho de 2018, chegando a 1.287 km², segundo o Imazon. Ou seja, 25% do desmate registrado no período foi no mês passado.
A área da Amazônia Legal abrange nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.
Enquanto o termo "desmatamento" se refere à retirada completa da vegetação (o chamado "corte raso"), a palavra "degradação" diz respeito a uma diminuição da cobertura vegetal, ou um "raleamento" das florestas.
A degradação costuma ser causada pela extração de madeira ou por queimadas. Segundo o Imazon, as florestas degradadas em julho de 2019 cobriram 135 km², o que representa redução de 62% ante julho de 2018, quando somaram 356 km².