Bolsonaro minimiza crise e diz que coronavírus está superdimensionado
Durante evento com a comunidade brasileira em Miami, o presidente afirmou que o vírus tem seu "poder destruidor potencializado por questões econômicas."

Diante do clima de pânico no mercado financeiro, o presidente Jair Bolsonaro minimizou o caos econômico desta segunda-feira (09) e disse que o derretimento das Bolsas do Brasil e do mundo foi ocasionado pela queda no preço do petróleo e pelo que considera superdimensão do coronavírus.
Durante evento com a comunidade brasileira em Miami, o presidente afirmou que o vírus com origem na China tem seu "poder destruidor potencializado por questões econômicas."
"Obviamente a queda drástica da Bolsa de Valores no mundo todo tem a ver com a queda do petróleo que despencou, se não me engano, 30%", declarou Bolsonaro. "Tem a questão do coronavírus também que, no meu entender, está superdimensionado, o poder destruidor desse vírus. Então talvez esteja sendo potencializado até por questão econômica, mas acredito que o Brasil, não é que vai dar certo, já deu certo."
O coronavírus registrou 105,5 mil casos em 97 países do mundo, sendo 3.584 mortes. No Brasil, são 930 casos suspeitos e 25 confirmados, mas ainda não há registro de mortes pela doença.
Já nos EUA, onde Bolsonaro está desde sábado (7), são mais de 600 casos confirmados, sendo duas mortes na Flórida, estado onde está o presidente brasileiro.
Esta semana, o presidente americano, Donald Trump, também minimizou o coronavírus, apesar das estatísticas e de organizações internacionais já apontarem para uma ameaça de pandemia.
Trump é candidato à reeleição e teme que uma crise econômica que empurre para baixo os bons índices dos EUA prejudique sua campanha à Casa Branca.
Bolsonaro, por sua vez, têm enfrentado dificuldade para fazer avançar as reformas no Congresso e, para a plateia de apoiadores, desenhou um Brasil cujos dados mostram que a economia "está melhorando."
Em 2019, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 1,1% e preocupou investidores nacionais e internacionais.
Os donos do dinheiro nos EUA observam com cautela o mercado brasileiro desde 2019 e ficaram ainda mais desanimados com a marcha lenta do PIB no início deste ano.
Nesta segunda, o quadro piorou, com investidores em todo o mundo em busca de ativos mais seguros -que não estão em países emergentes como o Brasil.
Impactadas pelo avanço do coronavírus e pela guerra do preço do petróleo, as Bolsas do Brasil e dos EUA anunciaram circuit breaker -quando as negociações são interrompidas compulsoriamente-, enquanto o dólar e o risco país dispararam.
No começo do ano, a indústria no Brasil desacelerou, assim como as atividades de comércio e serviços, e parte do mercado passou a encarar o crescimento de 2% previsto para 2020 mais como um objetivo do que como piso.
Horas antes do evento com a comunidade brasileira, Bolsonaro havia feito um discurso bem curto a empresários brasileiros também em Miami no qual afirmou que seu governo é leal à política econômica de Paulo Guedes (Economia). Segundo o presidente, o Planalto tem buscando implementar as medidas propostas pelo ministro "de todas as formas."
Guedes, por sua vez, disse que a equipe econômica está tranquila e que a crise poderia até mesmo gerar empregos.
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