História de cafetina de Bauru pode chegar ao streaming
“Casa de Eny”, é uma minissérie em 10 capítulos sobre Eny Cezarino
“Casa de Eny”, uma minissérie em 10 capítulos sobre Eny Cezarino, dona de uma casa de prostituição no passado, escrita por Walther Negrão e que a Globo aprovou, mas não produziu, entrou na mira do streaming.
A produtora JPO, de José Paulo Vallone, está conduzindo o assunto.
A trajetória da cafetina é contada pelo jornalista Lucius de Mello no livro "Eny e o Grande Bordel Brasileiro", lançado em 2002. Ele mudou-se para Bauru em 1988, para trabalhar como repórter da Globo, e passou 14 anos lá. Assim que chegou, só ouvia comentários a respeito de Eny, morta um ano antes, aos 70. Interessado, dedicou dez anos a correr atrás de material.
Em relação a Eny, sua família esperava que ela se casasse com um militar. Ela, no entanto, preferiu fugir de casa e trabalhou como prostituta no Rio e em Porto Alegre, até chegar a Bauru.
Após a dona da pensão em que trabalhava decidir passar o ponto, em 1947, Eny entendeu que era o momento de iniciar seu próprio negócio e levou ao mundo da prostituição um padrão de qualidade insuperável.
Uma estrutura com 40 quartos, saunas, restaurante, bares e salões de festas, e prostitutas escolhidas a dedo.
Assim, entre o final dos anos 1940 e o começo dos 1980, funcionou na cidade do interior paulista um dos principais bordéis do Brasil, a Casa de Eny. O local chegou a reunir 30 prostitutas e, à época, seduziu políticos, artistas, fazendeiros e empresários.