Maragogi

Uma aparição anual faz rainha ser grande influencer de TV

Discurso de Natal de Elizabeth II é repercutido por milhares de emissoras nos quatro cantos do planeta

Por Terra 26/12/2020 09h09
Uma aparição anual faz rainha ser grande influencer de TV
A rainha Elizabeth gravou a mensagem no Castelo de Windsor, onde guarda sua vez de ser vacinada contra a covid-19 - Foto: BBC News

A cada ano, cerca de 1 bilhão de pessoas assiste a pelo menos um trecho do discurso de Natal da rainha Elizabeth, ou seja, 1 a cada 7 habitantes da Terra. Esse número representa 15 vezes a população do Reino Unido, de onde a monarca comanda a Commonwealth, comunidade de nações que a têm como chefe de Estado.

Essa única aparição anual, sempre na noite de 24 de dezembro, faz da matriarca da dinastia Windsor uma das maiores influenciadoras de TV do planeta. O vídeo do discurso é exibido em repúblicas, outras monarquias e até ditaduras. Tornou-se tradição compartilhar as palavras da mais longeva soberana de todos os tempos.

Neste trágico 2020, achacado pela pandemia de covid-19, o discurso foi mais emocional do que de costume. A rainha, de 94 anos, usou seu poder de influência para tentar confortar seus súditos e demais ouvintes. Mesmo sem usar os termos ‘pandemia’, ‘coronavírus’ e ‘covid-19’, ela focou na luta contra os efeitos da crise sanitária global nas famílias.

Confira trechos da mensagem de Elizabeth II:

“Todos os anos, anunciamos a chegada do Natal, acendendo as luzes. E a luz faz mais do que criar um clima festivo, a luz traz esperança. Para os cristãos, Jesus é a luz do mundo, mas não podemos celebrar seu nascimento hoje da maneira usual. Pessoas de todas as religiões não conseguiram se reunir como gostariam em suas celebrações. Mas precisamos que a vida continue.”

"Surpreendentemente, um ano que separou as pessoas, de várias maneiras, nos aproximou.”

“Hoje, nossos serviços de linha de frente (no sistema de saúde) ainda acendem essa lâmpada para nós — apoiados pelas incríveis realizações da ciência moderna — e temos uma dívida de gratidão com eles. Continuamos a nos inspirar na gentileza de estranhos e nos consolamos porque, mesmo nas noites mais escuras, há esperança no novo amanhecer.”