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Acusado da morte de enteado, Jairinho pode ter mandato cassado

Conselho de Ética da Câmara do Rio decide sobre processo até terça

Por Extra 21/04/2021 20h08
Acusado da morte de enteado, Jairinho pode ter mandato cassado
Vereador Jairinho foi preso no início do mês - Foto: reprodução

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara do Rio deve apresentar até a próxima terça-feira um relatório sobre a situação do vereador Jairinho (sem partido), preso sob suspeita de ter matado o enteado, Henry Borel, de 4 anos, no mês passado. A tendência é que o grupo decida por unanimidade que cabe um início de processo de cassação. Na noite desta quarta-feira, integrantes da comissão devem ter uma reunião virtual para discutir detalhes do ritual.

Oficializada a decisão, o relatório será entregue à Mesa Diretora da Casa, para deliberação. Em seguida, a Comissão de Justiça e Redação emitirá parecer antes da matéria voltar ao Conselho de Ética, onde será sorteado um relator do processo.

A proposta do presidente da Comissão de Ética, Alexandre Isquierdo (DEM), é que até sexta-feira os colegas analisem peças do inquérito policial que investiga o papel de Jairinho e da comapanheira dele e mãe de Henry , Monique Medeiros da Costa e Silva no caso. Uma cópia do inquérito — que é sigiloso — foi entregue à Procuradoria-Jurídica da Casa, na noite desta terça-feira. Isquierdo disse que já leu parte dos autos e que o material que viu fundamenta a abertura do processo de cassação.

"É um inquérito policial que vai fundamentar nossa base. Nessas 48 horas, todo mundo vai formar sua convicção porque são mais de 500 páginas para serem analisadas . Entre os sete membros, precisamos de quatro votos para dar prosseguimento. Mas acredito que será por unanimidade", disse o parlamentar.

Antes de ser preso, Jairinho chegou a integrar o Conselho de Ética, mas foi desligado depois que o Solidariedade oficializou à Câmara do Rio que havia decidido expulsá-lo do partido. Jairnho também integrava a Comissão de Justiça e Redação, a principal da Casa, mas também foi desligado. Na quarta-feira passada, 31 vereadores escolheram Isquierdo para a vaga — Chico Alencar (PSOL) teve onze votos e Pedro Duarte (Novo), dois.