Tiroteio durante operação policial deixa 25 mortos no Rio de Janeiro
Duas pessoas foram vítimas de bala perdida no metrô
Subiu para 25 o número de mortos em um tiroteio durante operação policial na comunidade do Jacarezinho, zona norte do Rio, nesta quinta-feira (6). Entre eles está um policial civil da DCOD (Delegacia de Combate às Drogas) atingido na cabeça.
A ação que já dura oito horas deixou outros três agentes feridos. Além disso, duas pessoas foram vítimas de balas perdidas na altura da estação de Triagem do Metrô Rio, que fica próxima ao local.
De acordo com a assessoria do metrô, os dois foram atendidos e passam bem. Um deles, identificado como Humberto Duarte, de 20 anos, foi baleado de raspão no braço e encaminhado para o Hospital Souza Aguiar, no centro. Já Rafael Silva, de 33 anos, atingido por estilhaços de vidro, foi levado ao Hospital Salgado Filho, no Méier.
O confronto na comunidade suspendeu o serviço na Linha 2 do metrô e a circulação dos trens em dois ramais, Belford Roxo e Saracuruna, durante o dia. Por segurança, três postos de vacinação nos arredores fecharam as portas e adiaram para sexta (7) a aplicação de doses do imunizante contra covid-19 em grupos prioritários.
Policial morto
Em nota, a Polícia Civil lamentou a morte do inspetor André Leonardo de Mello Frias, que foi atingido na cabeça durante a ação.
"A Sepol se solidariza com amigos e familiares, e sente muito a dor pela morte do inspetor que teve uma trajetória ilibada na instituição, sendo admirado e respeitado por todos. Ele honrou a profissão que amava e deixará saudade. Mas também deixa o sentimento de que o trabalho não pode parar", diz o comunicado.
Operação Exceptis
Policiais Civis da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, com apoio de outras unidades do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), realizam a operação Exceptis, na comunidade do Jacarezinho, na zona norte.
A polícia investiga uma organização criminosa que atua na comunidade, explorando práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia. Além disso, a quadrilha também vem aliciando crianças e adolescentes para integrar a facção.
Veto do STF
Desde junho do ano passado, as operações policiais estão proibidas no Rio de Janeiro, conforme decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). As autoridades de segurança só podem fazer ações nas comunidades da cidade em "em hipóteses absolutamente excepcionais", desde que com aviso prévio ao Ministério Público.