Mortes por covid-19 despencam 95% após vacinação em Serrana
Mesmo com escalada da pandemia na região, cidade do interior de SP constata ainda redução de 80% de casos e 86% das internações

As mortes em decorrência da covid-19 desabaram 95% em Serrana (SP) seis semanas depois da aplicação da primeira dose e duas semanas após a segunda dose da CoronaVac na população adulta, de acordo com a pesquisa final do Projeto S, a que a Record TV teve acesso.
Além da expressiva diminuição dos óbitos, a pesquisa mostrou ainda que houve uma redução de 80% nos casos sintomáticos da doença e de 86% nas internações hospitalares.
O estudo será divulgado pelo governo paulista nesta segunda-feira (31), mas o Domingo Espetacular antecipou os resultados neste domingo (30).
A cidade, localizada a 315 km de São Paulo e cuja população estimada é de 45.644 habitantes, foi palco de um experimento do Instituto Butantan e contou com a participação de 27.150 pessoas, todas imunizadas com duas doses da CoronaVac.
A iniciativa do Butantan de vacinar a população adulta de Serrana (SP) com a CoronaVac tem o objetivo de estudar a transmissão do vírus, o comportamento do sistema de saúde, a reação da economia e até a aceitação da população em receber o fármaco que previne a doença.
Os resultados da pesquisa são divulgados em um momento em que a região de Ribeirão Preto (SP), à qual pertence Serrana, vive uma nova escalada dos casos e internações por covid-19, o que afeta o sistema de saúde. Desde quinta-feira (27), Ribeirão experimenta mais um lockdown, com fechamento de shoppings, comércio de rua, restaurantes e a suspensão por cinco dias do transporte coletivo a fim de frear a contaminação pelo coronavírus.
Ao todo, 23 cidades no entorno de Serrana adotaram medidas mais restritivas nas últimas semanas para desacelerar o número de infecções. Os hospitais da cidade estão lotados, mas quase todos os pacientes são de outros municípios do entorno.
Dados animadores
A vacinação escalonada atingiu cerca de 60% da população adulta, o que ajuda à principal pergunta do estudo: quantas pessoas precisam ser imunizadas para deter a transmissão e controlar os casos mais graves em uma comunidade?
Na época do início do estudo, ainda não havia orientação oficial sobre a imunização de crianças, pessoas com comorbidades, grávidas e puérperas. Por isso, a fim de garantir a segurança, esse público não recebeu a vacina.
Mas os dados do estudo são animadores não só para quem recebeu a vacina como também para o restante da população não-imunizada.
No grupo de pessoas que não recebeu as duas doses de CoronaVac, também houve reduções expressivas de casos sintomáticos, internações e óbitos.
Os resultados do estudo, portanto, sinalizam ser necessário imunizar parcela expressiva da população, mas não sua totalidade, e ainda representam uma luz no fim do túnel para atividades essenciais, como o retorno do comércio e a volta das aulas presenciais nas escolas.
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