Estudo: CoronaVac eleva em 70% anticorpos de imunossuprimidos
Pesquisadores da USP mostram eficácia também em pacientes com comprometimento no mecanismo de defesa do organismo

Estudo feito por pesquisadores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com pacientes imunossuprimidos mostrou que a vacina CoronaVac aumenta os níveis de anticorpos contra a covid-19 em até 70,4%. A pesquisa foi publicada, em julho, na revista científica britânica Nature.
Os imunossuprimidos são as pessoas que apresentam comprometimento no mecanismo de defesa do organismo contra infecções.
Os cientistas estudaram 910 pacientes com doenças reumatológicas autoimunes e 182 pessoas saudáveis de um grupo de controle. A conclusão foi que a vacina é capaz de aumentar em 70,4% o percentual de anticorpos IgG que combatem o vírus. No grupo de controle, a elevação no número de anticorpos chegou a 95,5%.
Em relação aos anticorpos neutralizantes, o estudo indicou uma elevação de 56,3% entre os imunossuprimidos e de 79,3% no grupo de controle de adultos saudáveis.
O ensaio destaca, ainda, que pessoas com doenças autoimunes, em que o sistema imunológico ataca o próprio organismo, são tratadas frequentemente com medicamentos que reduzem os níveis de anticorpos e, consequentemente, a capacidade de resposta do corpo à doença.
Reações adversas
Também não foram anotadas reações adversas moderadas ou graves após aplicação da vacina, produzida no Brasil em uma parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac.
As reações mais relatadas foram dor no local da injeção, por 19,8% dos imunossuprimidos e 17% do grupo de controle, dores de cabeça (20,2% entre os imunossuprimidos e 11% no grupo de controle) e sonolência (13,6% nos imunossuprimidos e 10,4% no grupo de controle).
Os pesquisadores apontam, também, no texto da publicação científica, que o levantamento comprovou a capacidade da vacina de reduzir no curto prazo o número de casos sintomáticos de covid-19. No entanto, o grupo disse que os efeitos a longo prazo ainda estão sendo estudados, inclusive a necessidade de um reforço vacinal.
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