Petrobras prepara novo aumento no preço dos combustíveis, diz Bolsonaro
Afirmação sem detalhes foi feita nesta quarta (15), dia em que o presidente também admitiu dificuldade em trocar chefe da estatal

Sem apresentar detalhes, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (15), que a Petrobras prepara um novo aumento no preço dos combustíveis no país. Ele também admitiu que tem dificuldade para fazer a troca no comando da estatal.
"Eu não tenho comandamento sobre a Petrobras. A Petrobras está dando dica que quer aumentar de novo. Não interessa quanto seja, já está um absurdo o preço dos combustíveis lá na refinaria", disse o presidente durante entrevista à jornalista Leda Nagle.
Emissários do governo se reuniram na noite da última segunda-feira (13) com a diretoria da Petrobras para tentar impedir o aumento de combustíveis que a estatal planeja anunciar ainda nesta semana. A ideia é reajustar o preço da gasolina em 9% e o do diesel em 11% como forma de amenizar a defasagem de valores entre o mercado interno e o mercado internacional.
O governo teme que o aumento anule os esforços para aprovação de projeto no Congresso que limita o teto do ICMS em 17% para uma série de itens, entre eles os combustíveis. Bolsonaro é crítico da política adotada pela Petrobras, a Preços de Paridade Internacional (PPI), que faz com que o preço da gasolina, do etanol e do diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional.
Comando da Petrobras
Com relação à dificuldade de trocar o presidente da estatal, Bolsonaro afirmou que "nós somos os acionistas que têm o maior número de papéis, mas não temos o poder de mudar rapidamente". E acrescentou: "Estamos há um mês tentando trocar o presidente da Petrobras e não conseguimos. Não resolveu. Agora pode ter certeza que você vai descobrindo as coisas com o tempo, e vai ser resolvida a questão dos combustíveis", disse na entrevista.
No fim do mês passado, Bolsonaro informou que o químico José Mauro Ferreira Coelho, empossado havia 40 dias, foi demitido do cargo de presidente da Petrobras. Caio Mario Paes de Andrade, do Ministério da Economia, foi indicado para substituí-lo. A mudança na estatal, porém, pode levar até 60 dias por causa das regras internas.
Coelho tomou posse como presidente da Petrobras no dia 14 de abril — o químico foi o terceiro a ocupar o posto na estatal durante o governo Bolsonaro, depois de Joaquim Silva e Luna e Roberto Castello Branco. O químico deixou o comando da estatal pelos mesmos motivos que seus antecessores: os reajustes feitos no preço dos combustíveis, que têm incomodado Bolsonaro no ano em que busca a reeleição.
Veja também
Últimas notícias

Luciano Amaral assume presidência do PSD com missão de aumentar a bancada do partido em 2026

Homem é detido após furtar e tentar agredir segurança em shopping de Maceió

Novas imagens da perseguição ao jovem de 16 anos morto pela PM em Palmeira dos Índios são divulgadas

Na Rússia, Lula participa de jantar com Vladimir Putin nesta quinta-feira

Corpo é encontrado por alunos dentro de ônibus escolar na Espanha

Mãe entra em pânico após filho encomendar 70 mil pirulitos
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
